domingo, 21 de outubro de 2018

Cientistas descobrem abundância de vida nas profundezas geladas doOceano Ártico

Um extenso e rigoroso estudo do fundo marinho do Ártico ampliou nossa compreensão da vida nas profundezas.

Os fundos marinhos do Ártico Central é uma das áreas oceânicas menos estudadas do mundo. Ainda assim, isso não significa que não há nada lá de interesse.

 
Foto depositphotos.com



Há a opinião geral que poucas criaturas poderiam sobreviver naquelas frígidas aguas, mas isso não é verdade.

Pelo contrário, o fundo do oceano Ártico está  repleto de vida .

As criaturas que vivem aqui incluem animais como pepinos do mar, estrelas do mar, caracóis, mariscos, vermes e caranguejos.

Em 1935, foi descoberta a primeira evidência da fauna de águas profundas no Ártico Central, mas, décadas depois, ainda havia muito pouca informação sobre a diversidade ou distribuição dessas criaturas.

Um novo estudo, liderado pelo Instituto Max Planck de Microbiologia Marinha, decidiu mudar isso.

Analisando os dados de antigos levantamentos do fundo do oceano, bem como 37 novas amostras de expedições recentes, os investigadores descobriram que a vida no fundo do Ártico é notavelmente semelhantes às zonas com água mais quente.

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O estudo identificou cinco grupos diferentes de grupos de espécies. Esses grupos incluem criaturas que viviam na plataforma externa, no declive superior, no declive inferior, no declive médio e no plano abissal, que é a parte mais profunda.

  
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As espécies dominantes para cada uma dessas profundidades diferirem bastante. Mais perto da superfície, por exemplo, descobriram uma predominância de bivalves e vermes marinhos .À medida que afunda, a diversidade de espécies aumenta e depois volta a diminuir à medida que a profundidade aumenta, mostrando um padrão mais parabólico, com um pico nas profundezas médias e depois caindo novamente nas maiores profundidades.

Nas partes mais profundas do Ártico Central, o plano abissal apropriadamente chamado, que fica a 4 quilómetros abaixo da superfície, a biodiversidade da vida era mais dispersa. Isto é mais provável porque os Invernos longos e a extensa cobertura de gelo não deixam a luz solar penetra.

Apesar de suas grandes diferenças, esse mesmo padrão é comum em águas mais temperadas. No Ártico, a taxa de declínio das espécies de profundidade é maior do que nas águas mais quentes.

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A pesquisa, no entanto, é mais do que apenas mapear a vida em uma região inexplorada do mundo.

Atualmente, as mudanças climáticas e o desaparecimento do gelo marinho estão mudando rapidamente o ecossistema do Ártico. Sem um conhecimento básico da região, os cientistas não terão um ponto de referência sobre como a macro-fauna mais profunda foi afetada pelo aquecimento global.

Estudos anteriores mostraram que, no Ártico Central, a quantidade de comida cai não apenas por causa da crescente profundidade, mas também porque o gelo do oceano Ártico limita a quantidade de luz.

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Esses estudos também mostraram que há mais comunidades quando há gelo sazonal mais fino. E hoje, graças ao aquecimento global, cerca de 70% da cobertura de gelo marinho do Ártico é gelo fino.

Resta ver o que acontecerá com esses ecossistemas no futuro.

"As alterações causadas pelo recuo do gelo marinho, que poderiam potencialmente melhorar a produtividade primária e os fluxos de exportação, são atualmente impossíveis de serem verificadas, dada a falta de dados para o fundo oceânico do Oceano Ártico", concluem os autores .



Fonte//ScienceAlert

Em busca da "selfie perfeita", já causou 259 mortes em todo o mundo

De acordo com uma pesquisa do Journal of Family Medicine and Primary Care, 259 pessoas já morreram tentando tirar a selfie perfeita.

Os casos foram registados entre Outubro de 2011 e Novembro de 2017 e envolvem incidentes em todo o mundo.



As “selfies” são aquelas fotos que as pessoas tiram a elas próprias com a câmara frontal do telemóvel. Ficaram mais conhecidas desde a introdução dos smartphones com cameras de grande resolução e, claro, com o boom das redes sociais.

Segundo o Google, apenas em 2015 mais de 24 biliões de selfies foram postadas no seu aplicativo de fotos. Ainda, de acordo com os analistas, cerca de 1 milhão de selfies são clicadas diariamente por pessoas com idades, principalmente, entre 18 a 24 anos.

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Tirar esse tipo de foto e compartilhá-las nas redes sociais tornou-se uma moda e um meio de expressão. Mas as pessoas por vezes colocam-se em situações perigosas, muitas vezes arriscando a própria vida, justamente para ganharem mais visualização.

A Índia é campeã de registos desse tipo. Logo em seguida aparecem Rússia, Estados Unidos e Paquistão. Mais, os homens são os que mais se arriscam em busca de uma boa fotografia.

Segundo a análise, 72,5% das vítimas eram do sexo masculino contra 27,5% do sexo feminino.

Quando às causas mais comuns das mortes, estão: afogamento, acidentes de trânsito e quedas de grandes alturas. No entanto, morte causada por animais, choques elétricos e fogo também aparecem no relatório.

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É importante dizer que, segundo a pesquisa, as selfies não são dadas como a causa oficial das mortes (já que normalmente é registado a ocorrência, por exemplo a pessoa ter caído ou ter se envolvido num acidente de trânsito). Assim, é possível que o número de pessoas que tenham sido vítimas da sua própria obsessão pela foto perfeita possa ser muito maior.

Por fim, os investigadores concluíram que a melhor solução para evitar esse tipo de acidente é estabelecer áreas onde seja proibido fazer selfies em atrações turísticas, especialmente em locais com riscos de afogamento e quedas de grande. Resta esperar que as pessoas realmente levam os avisos a sério e tomem atenção.



Fonte//RevistaGalileu

Conheça o buraco mais profundo do mundo

Nas profundezas da Rússia ocidental, existe uma zona de sucata. Essa zona foi outrora o sitio onde se escavou o buraco mais profundo da Terra. Podemos encontrar lá um disco de aço enferrujado que á a tampa desse buraco.



Esse buraco tem nada mais, nada menos que 12km de profundidade, mais profundo que o poço mais fundo dos oceanos.

É chamado de poço de perfuração de Kola Superdeep, e não tem nada a ver com a extração de petróleo, foi escavado para estudos científicos.

Os cientistas soviéticos começaram a perfurar a superfície da Terra durante a década de 1970, para descobrir mais sobre o conteúdo de sua crosta.

A verdade é que sabemos menos sobre o que está sob nossos pés do que sobre o que está do outro lado do Sistema Solar

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Ao longo de 24 anos, esses cientistas escavaram a crosta terrestre, e embora não tenham chegado tão longe quanto esperavam, em 1994, chegaram aos 12 quilómetros.

Continua a ser a escavação mais profunda até hoje efetuada e com tecnologia antiga, que nada tem a ver com as modernas técnicas de escavação, o que é notável.

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Mas o que realmente aprendemos com todo esse trabalho?

Em primeiro lugar, aprendemos que há água a 12 quilómetros da superfície, o que não se pensava ser possível.

E quase a  7 quilómetros de profundidade foram encontrados  fósseis microscópicos de 24 espécies de organismos unicelulares extintos  há milhões de anos.

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Eles tiveram acesso a rochas de 2,7 biliões de anos, o que é incrível, rochas essas que ainda continuam a ser motivo de estudos.

A temperatura registada a 12km de profundidade foi de 180 graus Celcius, cerca de 80 graus mais do que era previsível. Resta saber para quando chegar mais fundo.



Fonte//ScienceAlert