Cientistas de todo o mundo continuam preocupados com o
Apophis, um asteroide de 325 metros descoberto em 2004 e assim batizado em
homenagem ao antigo deus egípcio do mal, da escuridão e da destruição.
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Telescópio capta sinais de radio misteriosos do espaço sideral
Num relatório preparado para as Leituras de Korolev sobre
Cosmonáutica, programado para acontecer em Moscovo no final deste mês, os cientistas
dizem que o asteroide, que se deslocará a cerca de 7,43 km por segundo, terá múltiplas hipoteses de atingir a Terra nas próximas décadas, atraído pela
gravidade do nosso planeta.
O estudo das trajetórias possíveis do asteroide indica mais
de cem possíveis mas salienta uma em 2051 e uma outra, considerada mais
perigosa em 2068.
De acordo com os cientistas da Universidade Estadual de São
Petersburgo, que dedicaram atenção considerável ao estudo de Apófis, o asteroide
aproximar-se-á ate 16 milhões de quilômetros do planeta em 2044, 760.000 km em
2051, cinco milhões em 2060 e 100.000 km em 2068.
Se o asteroide atingir a Terra, criará uma cratera de
impacto de vários quilômetros de largura, e sua força de impacto será estimada
em 2.500 megatons de TNT, 50 vezes maior do que a maior bomba nuclear já
detonada. Para termo de comparação, a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em
1945 explodiu com a energia de cerca de 15 quilotons de TNT.
Para Apophis atingir o planeta, ele teria que passar pela
Terra a uma altitude precisa, conhecida como “buraco de fechadura” , durante a
passagem de 2029, a ganhando impulso aumentando a probabilidade de cair na
Terra na próxima aproximação. De acordo com um estudo da NASA de 2013, existe
um buraco de fechadura de 2 metros de largura que possibilita um impacto em2068, mas as hipoteses reais de impacto são apenas uma em cerca de 2,3 milhões.
Modelo da
abordagem aproximada esperada de 99942 Apophis (anteriormente mais conhecido
por sua designação provisória 2004 MN4) para a Terra e a Lua em 13 de abril de
2029. Photo SputnilkNews
“Lua de sangue” visível nos próximos dias
Os cientistas na Rússia e nos Estados Unidos desenvolveram
várias contingências para reduzir o risco de uma colisão. Em 2016,
investigadores da Universidade do Estado de Tomsk, na Sibéria, usaram um
supercomputador para calcular uma maneira de destruir Apophis com segurança
usando uma carga nuclear, e para garantir que os fragmentos irradiados não caíssem
na Terra.
De acordo com dados do Ministério de Emergências da Rússia,
mais de 730 asteroides passaram a 10 milhões de quilômetros da Terra somente em
2017, sendo que 100 vezes foram com asteroides com tamanho superior a 100
metros de diâmetro.
Fonte//SputnikNews