quinta-feira, 24 de outubro de 2019

“Capa da invisibilidade” da ficção á realidade

A empresa canadiana fabricante de uniformes de camuflagem para militares, HyperStealth Biotechnology, anunciou quatro pedidos de patente, todos relacionados com o Quantum Stealth.
O material também é chamado de “capa de invisibilidade”. O inventor dos quatro pedidos de patente é o CEO da HyperStealth, Guy Cramer.
O material não precisa de energia para funcionar, é fino como uma folha de papel e é relativamente barato. A patente menciona 13 versões do material e permite outras configurações.


O primeiro pedido de patente é do Quantum Stealth, que faz com que o objeto atrás dele pareça invisível. Para além de conseguir esconder pessoas, também consegue ocultar tanques, aeronaves, navios e construções. A tecnologia causa um desvio na luz à volta do objeto no espectro visível, ultravioleta, infravermelho e infravermelho de onda curta. Ao mesmo tempo, o material bloqueia o espectro da radiação térmica.

O segundo pedido de patente é para um “amplificador de painel solar”, que utiliza o mesmo material de lente, essencial para as outras aplicações desenvolvidas. A terceira patente chamada de “Display System” produz imagens holográficas, com recurso a um projetor.

O quarto pedido de patente é para dispersão, desvio e manipulação de laser. Com isto, um laser pode ser dividido em milhares de lasers mais pequenos, podendo funcionar como radar. Esse sistema costuma ser montado com o uso de laser, espelhos que giram e recetor ótico. Assim, os computadores podem determinar condições perigosas e identificar objetos mais rapidamente, aumentado a segurança tanto de veículos como de pedestres.



A HyperStealth divulgou mais de 100 minutos de filmagem com descrições e demonstrações do material. Nas imagens o destaque vai para o uso militar do material, que aparece ocultar um tanque e um jato em escala reduzida.


Cresce a procura para combustível de hidrogênio no Japão, e Austrália




Fonte//Hypescience.


quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O futuro do transporte aéreo poderá ser aeronaves movidas a energia solar

Uma empresa britânica criou um dirigível movido a energia solar como alternativa ao transporte de cargas pesadas de CO2.
Segundo o Big Think, a aeronave construída pela Varialift Airships usaria apenas 8% do combustível de um avião convencional numa viagem entre o Reino Unido e os EUA.


Photo Varialift Airships/ Facebook

KLM financia o desenvolvimento do avião futurista “Flying V”

Embora os dirigíveis tenham uma má reputação por causa de acidentes famosos como o Hindenburg, este meio de transporte de carga é uma atualização dessas versões mais antigas. Não contem  hidrogénio e, em vez disso, usará gás hélio. Ele é construído com armações de alumínio e é acionado por dois motores solares e dois motores a jato convencionais.
Segundo a Varialift Airship, este dirigível será capaz de transportar cargas que variam de 50 a 250 toneladas, com a possibilidade de modelos maiores transportarem cargas úteis de até 3.000 toneladas.


A desvantagem é que devido á sua dependência da energia solar, só pode voar durante o dia e deslocar-se-á muito mais devagar que um avião, voando a velocidades de 250 a 350 km / h.
Os fabricantes dizem que as aeronaves são baratas de construir e custarão "80-90% menos que a aeronave de carga equivalente para comprar e operar".
Isso ocorre em parte porque o dirigível não precisa de nenhuma infraestrutura especial para aterragens e decolagens, pois decola verticalmente como um balão de ar quente.
Embora possa levar algum tempo para, esta é uma das soluções mais práticas oferecidas a um setor que depende muito de combustível para operar.




"Atualmente, não há serviço logístico alternativo significativo que ofereça zero emissões de carbono, por isso esperamos que esse recurso apele para um segmento significativo e crescente do mercado consumidor ecológico ", afirmou o site da Varialift Airship.


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terça-feira, 22 de outubro de 2019

Como o ar liquido pode produzir electricidade


Parece magia, mas é bem real. Trata-se de um plano para armazenar energia elétrica produzida por energia eólica, no período noturno onde é excedente, na forma de ar líquido.
 Mas como funciona? Usando a eletricidade nas alturas de menor consumo para comprimir e arrefecer o ar num tanque, tornando-o em ar líquido. Quando a procura sobe, o liquido é aquecido, voltando novamente ao estado gasoso, e, à medida que se expande, aciona uma turbina para produzir mais eletricidade.

 A impressão artística da centrar de armazenamento da Highview

A energia hidrelétrica, excede as necessidades de todo o planeta
A tecnologia, criada por um inventor de quintal, está prestes a atingir o grande momento.
Foi testado em pequena escala, mas agora a empresa patrocinadora, Highview, anunciou que vai construir uma central de 50 MW, em escala de rede, no norte da Inglaterra, no local de uma antiga centrar convencional.
A tecnologia foi apoiada pelo governo do Reino Unido. Uma característica atraente é que ele usa a tecnologia simples existente desenvolvida para armazenar e comprimir gás natural liquefeito (GNL), portanto, ao contrário do armazenamento utilizando baterias, não é necessário minerar minerais raros e caros.
A principal inovação é armazenar o excesso de calor emitido quando o ar é comprimido e usá-lo para reaquecer o ar liquefeito quando necessário.

A idéia foi concebida pelo engenheiro autodidata Peter Dearman na sua garagem em Bishop's Stortford, Hertfordshire.
Ele estava desenvolvendo um carro com princípios semelhantes ao hidrogénio líquido e viu o potencial de aplicar a tecnologia ao armazenamento de eletricidade, passando agora a ser acionista passivo da Highview.
O projeto proposto em escala de rede fornecerá eletricidade a cerca de 25.000 casas por dia, embora, na prática, seja usado apenas por curtos períodos para cobrir picos repentinos de consumo.

Juntamente com a energia hidroeléctrica, onde se aproveita a energia quando em períodos de baixo consumo para bombar agua para um sitio elevado, e na altura de maior consumo fazê-la descer acionando turbinas, esta é uma boa alternativa aos sistemas de baterias convencionais.

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Fonte//BBC




segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Os furacões geram atividade sísmica semelhante a terremotos


Uma equipa de cientistas descobriu um novo fenómeno geofísico no qual furacões ou fortes tempestades podem produzir vibrações no fundo do oceano tão fortes como um terramoto de magnitude 3.5.
Os investigadores analisaram quase uma década de registos sísmicos e oceanográficos, de Setembro de 2006 a Fevereiro deste ano, e encontraram uma relação entre fortes tempestades e intensa atividade sísmica.


Photo Pixabay/WikiImages


Rios de agua quente provocam instabilidade no gelo antártico




As tempestades, furacões ou ciclones extratropicais transferem energia para o oceano como fortes ondas oceânicas, e as ondas interagem com a terra sólida produzindo uma intensa atividade de fonte sísmica“, explicou Wenyuan Fan, professor de Ciências da Terra, Oceano e Atmosféricas na Universidade da Florida e principal autor de um novo artigo científico publicado na Geophysical Research Letters.

Os cientistas encontraram evidências de mais de 10.000 terremotos entre 2006 e 2019 no alto mar da Nova Inglaterra, Florida e Golfo do México, nos Estados Unidos, assim como no alto mar da Nova Escócia, Terra Nova e Colúmbia Britânica, no Canadá.
Neste estudo, a equipa de cientistas da universidade norte-americana desenvolveu um novo método para detetar e localizar eventos sísmicos e determinar se tais eventos são terramotos. Com a ajuda desta técnica, descobriram que o furacão Bill, um intenso ciclone tropical que atingiu o leste do Canadá durante o final de agosto de 2009, produziu vários terramotos na costa da Nova Inglaterra e Nova Escócia.

Corrente quente do Atlântico pode estar a alterar o outro lado do mundo


Podemos ter fontes sísmicas no oceano, assim como terramotos dentro da crosta“, resumiu Fan. “A parte interessante desta investigação é que as fontes sísmicas causadas por furacões podem durar de horas a dias.”
De igual forma, descobriram também que o furacão Ike, em 2008, causou uma atividade de tempestade no Golfo do México, e o furacão Irene, em 2011, fez exatamente o mesmo perto de Little Bahama Bank, na costa da Flórida.

Nem todos os furacões causam terramotos, mas quando ocorrem, os terramotos parecem concentrar-se em certos pontos críticos. No entanto, os cientistas não detetaram qualquer evidência de terramotos na costa do México ou na costa leste dos Estados Unidos, de Nova Jersey à Geórgia.
Mesmo o furacão Sandy, que ocorreu nos Estados Unidos, não causou terramotos, segundo os cientistas. Isto sugere que os terramotos são fortemente influenciados pelas características oceanográficas locais e pela topografia do fundo do mar.

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Fonte//Europapress




A menina de 13 anos que criou marca de óleo de cannabis para ajudar pessoas doentes


Diagnosticada com câncer nos ossos com apenas 7 anos de idade, Rylie Maedle sabe muito bem o que é sentir dor de verdade, e também como fazê-la passar. Quando os ossos do seu rosto começaram a desintegrar-se por conta da doença, sua mãe, Janie, recorreu a um óleo feito de canabidiol, um dos princípios ativos da cannabis, para lhe dar mais conforto.



Photo Facebook

Vacina contra o câncer de mama pode estar para breve



O que ninguém esperava é que o tratamento não só amenizou a dor da menina, mas também ajudou a regenerar os ossos de Rylie e a diminuir suas convulsões. Ela voltou a sorrir e hoje vive para garantir que outros que sofrem com a dor das mais variadas doenças, possam fazer o mesmo.
Aos 13 anos, depois de passar por toda essa provação e superar a doença, a menina fundou a Rylie’s Sunshine, empresa que comercializa óleos de cannabis, clinicamente testados, que amenizam as dores e curam em muitos casos, doenças como o câncer, esclerose múltipla, esquizofrenia, sida, glaucoma, enxaqueca e artrite.

Claro está que não está sozinha. Rylie trabalha em conjunto com um produtor legalizado de cannabis, que fornece toda a matéria-prima usada para fazer os óleos que comercializa, além de uma equipa de investigadores, que incansavelmente procuram mais sobre esses oleos.
Rylie descobriu é que a falta de conhecimento é um dos principais inimigos da popularização do uso medicinal da cannabis. Assim, antes mesmo de fundar sua empresa, Rylie criou a Fundação Rylie’s Smile, que investe em pesquisa e na consciencialização da população sobre o tema.
Foi criada uma lei, no Estado de Delaware, nos EUA, que tem o seu nome e permite que menores de 18 anos tenham acesso legal à cannabis, quando qualificados para o tratamento. 

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domingo, 20 de outubro de 2019

Cresce a procura para combustível de hidrogênio no Japão, e Austrália

Custos reduzidos e disponibilidade de energia renovável para produzir hidrogénio estão aumentando o interesse nesta fonte de combustível. O Japão e Austrália estão expandindo seu apoio à tecnologia de combustível de hidrogénio.
Serão apresentados automóveis movidos a hidrogénio, no Salão Automóvel de Tóquio, que começa na próxima semana. Eles também foram destacados durante a reunião ministerial do Grupo dos 20 realizada em Karuizawa, e provavelmente aparecerão quando os ministros das Relações Exteriores do G-20 se reunirem em Nagoya no final do próximo mês.



Photo GettyImages

Hidrogénio, o combustível do futuro energético limpo e seguro


Os especialistas vêem sinais positivos de investimentos em tecnologia de hidrogénio na Ásia e além, à medida que governos e o setor privado buscam maneiras de reduzir as emissões  nos transportes.
"A economia do hidrogénio foi prevista pela primeira vez há quase 50 anos, mas progrediu devido, em parte, aos altos custos e à disponibilidade de muitas alternativas", disse a Navigant Research em um relatório recente. "Nos últimos anos, no entanto, o ímpeto foi crescendo, pois uma confluência de fatores impulsiona o aumento do investimento."

A Austrália está pronta para expandir as exportações de combustível de hidrogénio para o Japão.
O governo da Austrália do Sul aprovou um plano para construir uma instalação de produção de hidrogénio perto de Adelaide. Algum combustível de hidrogénio será misturado com gás natural para reduzir o conteúdo de dióxido de carbono da rede de gás distribuído da Austrália, mas a instalação também aumentará a infraestrutura existente para produzir hidrogénio para exportação.
A empresa de Wilson afirmou que usaria os abundantes recursos de energia renovável da Austrália do Sul para separar o hidrogénio da água por meio da tecnologia de membrana de troca de prótons. Os ativistas das mudanças climáticas na Austrália apoiam o hidrogénio como combustível de transporte, mas condenam que ele seja produzido a partir de combustíveis fósseis.

Japão e Austrália fazem acordo para exportação de hidrogénio


O novo projeto, programado para iniciar a produção de hidrogénio em meados do próximo ano, é o exemplo mais recente da tendência para o "hidrogénio verde". Uma operação em Queensland lançou exportações de hidrogénio proveniente de energia renovável para o Japão no início deste ano.
A Coreia do Sul também foi identificada como um mercado promissor para o hidrogénio australiano.
Daniel Roberts, da Organização de Pesquisas Científicas e Industriais da Commonwealth (CSIRO), acredita que o momento do hidrogénio está finalmente chegando, graças a uma “forte atração global aqui para importar hidrogénio de baixo carbono” para o Japão e a Coreia do Sul, “onde os governos estão e investir em transportes baseados em hidrogénio "
Os custos cada vez mais reduzidos de tecnologia, e a economia cada vez mais favorável á energia renovável também estão ajudando a estimular o setor, acrescentou.



Toyota Mirai Photo Newcivilengineer


Toyota quer transformar ar em combustivel


Os principais componentes da tecnologia, em particular as células de combustível e os eletrolisadores, e o custo da eletricidade renovável estão a chegar ao ponto de equilíbrio com as outras tecnologias, como os elétricos.
O setor privado australiano está cada vez mais otimista com o futuro da tecnologia, apesar da atitude geralmente ambivalente do governo em relação às mudanças climáticas. Mesmo que os carros a hidrogénio circulem na Austrália, o crescente interesse na Ásia está impulsionando novos investimentos, como as próximas instalações da AGN ao sul de Adelaide.
"Nos últimos dois anos, o ritmo em que surgiram as novas tecnologias e aplicações de hidrogénio é indicativo como essa fonte de combustível será importante no futuro próximo” afirmou  Hawksworth, presidente da Associação Internacional para Segurança de Hidrogénio. "Claramente, também é um combustível com enorme potencial de exportação de energia limpa, já que municípios de todo o mundo procuram aumentar as energias renováveis ​​em seu mix total de energia".

O Japão, em particular, está determinado a ver com êxito o transporte pessoal e comercial baseado em hidrogénio. Os organizadores do Salão Automóvel de Tóquio convidarão o público a visitar o novo Honda Clarity, a versão do sedan movido a células de combustível de hidrogénio. A Honda diz que não liberta gases, apenas tem a água como produto residual.
No fórum do Karuizawa G-20, onde o Japão promoveu fortemente a tecnologia de veículos a hidrogénio numa exibição independente, funcionários de Tóquio, Estados Unidos e União Europeia assinaram uma declaração conjunta declarando sua intenção de cooperar para a utilização do hidrogénio e combustível de hidrogénio em convencionais tecnologias celulares.




Audi A7 Photo Carsguide

O futuro dos automóveis não será elétrico mas sim a hidrogénio


Os três governos "reconhecem a importância de reduzir o custo do hidrogénio tanto pela sua acessibilidade quanto pela confiabilidade", declararam na declaração, acrescentando que "acreditam firmemente que sua cooperação prevista pode levar à expansão da colaboração internacional e contribuir para o aumento da utilização do hidrogénio na economia global ".
Os parceiros esclareceram suas metas numa reunião de acompanhamento realizada em Tóquio no mês passado. Entre as visões descritas pelos anfitriões japoneses da Reunião Ministerial de Energia de Hidrogénio, os estados terão como objetivo ver 10.000 estações de abastecimento de hidrogénio e "10 milhões de sistemas movidos a hidrogénio" construídos dentro de 10 anos.


Hidrogénio, vantagens e desvantagens


BMW apresenta o i Hydrogen NEXT movido a hidrogénio


sábado, 19 de outubro de 2019

Rios de agua quente provocam instabilidade no gelo antártico

Os cientistas conhecem estes canais basais nas plataformas de gelo há vários anos, mas as circunstâncias por trás da sua formação não eram bem compreendidas. Agora, os investigadores descobriram mais sobre o fenómeno e dizem que é algo que precisamos de levar em consideração ao considerar a subida do nível do mar.
A circulação de água quente está a atacar a parte inferior destas plataformas de gelo nos pontos mais vulneráveis”, disse a glaciologista Karen Alley, do College of Wooster, em Ohio, num comunicado.


Photo Pixabay/358611



As plataformas de gelo são uma extensão externa flutuante do gelo terrestre que compõe as camadas continentais de gelo. No caso da Antártica, cerca de três quartos do continente é cercado por plataformas de gelo flutuantes, que agem como uma barreira natural para ajudar a impedir que as geleiras nas camadas de gelo fluam para o oceano. Este efeito natural de barreira só funciona, no entanto, se as próprias plataformas de gelo contiverem massa gelada suficiente para sustentar o fluxo marítimo de gelo. Porém, estas barreiras antárticas estão a enfraquecer.

Em 2016, uma equipa liderada por Alley analisou imagens de satélite das plataformas de gelo da Antártica Ocidental e identificou os rios invertidos de água morna que erodiam as plataformas por baixo, tornando-as mais vulneráveis ​​à desintegração. “As nossas observações mostram que os canais basais estão associados ao desenvolvimento de novas zonas de fissuras, sugerindo que estes canais podem causar fratura no gelo”, explicaram os investigadores no artigo de 2016, publicado na revista especializada Nature Geoscience.



Concluímos que os canais basais podem formar-se e crescer rapidamente como resultado da intrusão de água quente no oceano, e que podem enfraquecer estruturalmente as plataformas de gelo, potencialmente levando à rápida perda da plataforma de gelo em algumas áreas”.
Num novo estudo, Alley e a sua equipa examinaram novamente os canais basais para investigar o que produz estes rios misteriosos. Por acaso, o processo começa na massa em terra da própria camada de gelo da Antártica, e não na plataforma de gelo flutuante. À medida que o gelo flui para o mar a partir da camada de gelo em terra, regiões fracas no gelo de fluxo rápido chamado “margens de cisalhamento” podem formar-se nas bordas da massa.

No novo estudo, publicado na semana passada na revista especializada Science Advances, os cientistas descobriram que os canais basais eram mais propensos a formar-se ao longo das margens dos trechos de gelo enfraquecidos e de fluxo rápido, uma consequência dos fluxos quentes de água flutuante que subiam acima da água mais fria e induziam o derretimento nas secções mais vulneráveis nas plataformas de gelo.
À medida que a fusão ocorre, um canal basal é esculpido na parte inferior da frágil margem de cisalhamento, revelando o ponto mais fraco e produzindo quebras nas plataformas de gelo.

Estamos a ver um novo processo, em que a água quente entra na plataforma por baixo”, disse o glaciologista Ted Scambos, da Universidade do Colorado Boulder. “A calha torna a plataforma fraca e, em poucas décadas, desaparece, libertando o manto de gelo para sair mais rápido no oceano”.
 Embora os investigadores não saibam até que ponto estes rios podem estar a apressar os processos de colapso do lençol de gelo e aumento do nível do mar em geral, os cientistas consideram que é importante estudar os efeitos dos canais basais e incorporar o fenómeno na modelagem das mudanças na camada de gelo.
 “Isto pode importar um pouco ou pode importar muito”, disse Alley à National Geographic.Mas sabemos que isto torna mais provável a perda de plataformas de gelo. Estes canais tornam os pontos fracos mais fracos”.

Derretimento do gelo antártico pode submergir cidades inteiras

Montanha da Antártida é considerada a "pirâmide mais antiga da Terra"


As alterações climáticas estão impedindo as plantas de processar o CO2

Fonte//Nationalgeographic//Sciencealert


sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Cientistas russos criam novo sistema de tratamento de água, compacto e barato

Segundo as Nações Unidas, mais de dois mil milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável, e dessas condições resultam em maior volume de doenças, menor expectativa de vida e mais conflitos sociais e políticos.
Cientistas da Universidade Politécnica de Tomsk, na Rússia, criaram um novo sistema de tratamento de água económico, compacto e que pode ajudar a fornecer água potável a aldeias e povoações remotas, anunciou o serviço de imprensa da universidade.


Photo; Tomsk Polytechnic University

Dispositivo remove quase 100% do sal da água do mar usando energia solar


Segundo os investigadores, a novidade do seu sistema de tratamento de água consiste na sua natureza compacta, que permite que a água purificada seja fornecida diretamente na rede de abastecimento de água, ignorando a necessidade de passar por uma grande estação de tratamento de água, o que pode exigir recursos financeiros significativos para operações e manutenção regular. Além disso, diz-se que o sistema não utiliza produtos químicos nem instalações de ozonização caras.
O sistema está numa caixa móvel resistente a vandalismo e situações de clima adverso, com a área de  24 metros quadrados, sendo fácil a sua adaptabilidade a diferentes fontes de água e vários poluentes “, explicou Andrei Matveev, engenheiro-chefe do programa 'Água Limpa' da universidade.
Esta estação de tratamento foi projetada para uso com base nas necessidades específicas do local onde está localizada. As caixas podem ser acopladas e unificados por um único sistema de controlo, que fornece informações, recebidas diariamente numa central, onde é feito o controlo das condições do equipamento, bem como no consumo de água e eletricidade.

As estações já estão em uso em zonas da Rússia, incluindo áreas do norte, onde as condições climáticas são severas. Diz-se que as estações projetadas pela Universidade Politécnica de Tomsk forneceram água potável a milhares de residentes rurais, inclusive no Território Autónomo de Khanty-Mansi, na região de Tyumen, e os engenheiros acreditam que seu hardware é adequado para uso em qualquer país, sob quaisquer condições climáticas.
 A Universidade Politécnica de Tomsk lançou o programa 'Água Limpa' em 2017, trabalhando para criar tecnologias eficientes em recursos para purificação e conservação de água doce. A universidade possui muitas décadas de experiência em ciências e engenharia da terra, incluindo hidro engenharia, geologia, química, biológica da água, tratamento de água e gestão e proteção dos recursos hídricos.

Água engarrafada com milhares de partículas de microplásticos


Novo sistema retira água da humidade atmosférica recorrendo á energia solar




quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Corrente quente do Atlântico pode estar a alterar o outro lado do mundo


Uma questão preocupante para os cientistas nos últimos anos tem sido se o principal sistema de circulação do Oceano Atlântico está desacelerando, um fator que pode ter consequências dramáticas para a Europa e outras partes da orla atlântica. Mas um novo estudo sugere que a ajuda pode estar a alterando um lugar   inesperado, o Oceano Índico.


Photo Wikipédia

Akureyri, a cidade exemplo em sustentabilidade ambiental


O novo estudo, de Shineng Hu, da Scripps Institution of Oceanography, da Universidade da Califórnia em San Diego, e Alexey Fedorov, da Universidade de Yale, publicado em 16 de Setembro na revista Nature Climate Change , é o mais recente de vários que procuram explicações em como o aquecimento global pode alterar componentes climáticos globais, como a "circulação meridional do Atlântico" (AMOC)(Corrente do Golfo).
O AMOC é um dos maiores sistemas de circulação de água do planeta. Funciona como uma escada rolante líquida, enviando água quente ao Atlântico Norte na parte superior da camada líquida, enviando água mais fria para o sul a uma profundidade maior.

Embora o AMOC permaneça estável há milhares de anos, os dados dos últimos 15 anos, bem como as projeções de modelos de computador, deram a alguns cientistas motivos de preocupação. O AMOC mostrou sinais de desaceleração durante esse período, mas não se sabe se é resultado do aquecimento global ou apenas de uma anomalia de curta duração relacionada à variabilidade natural do oceano.
"Ainda não há consenso, mas acho que a questão da estabilidade do AMOC não deve ser ignorada. A mera possibilidade de o AMOC entrar em colapso deve ser um forte motivo de preocupação numa época em que a atividade humana está forçando mudanças significativas no sistema climático da Terra”. disse Fedorov,
"Sabemos que a última vez que o AMOC enfraqueceu substancialmente foi num período que remonta 15.000 a 17.000 anos, e teve fortes impactos globais", acrescentou Fedorov. "Estaríamos falando de invernos rigorosos na Europa, com mais tempestades ou mais secas na África devido à mudança da zona de chuvas tropicais, por exemplo".



Photo Wikipédia

Como seria se todo o gelo da Terra derretesse numa noite


Grande parte do trabalho de Fedorov e Hu concentra-se em mecanismos e recursos climáticos específicos que podem estar mudando devido ao aquecimento global. Usando uma combinação de dados observados e modelos de computador altamente sofisticados, eles estudam quais os efeitos que essas mudanças podem ter ao longo da nossa existencia. Por exemplo, Fedorov examinou anteriormente o papel que o derreter do gelo do mar do Ártico pode ter no AMOC.
Neste novo estudo, analisaram o aquecimento no Oceano Índico, e consideraram o aquecimento deste oceano é um dos fenómenos mais críticos do aquecimento global.
Os cientistas disseram que o seu modelo indica uma série de efeitos em cascata que se estendem desde o Oceano Índico até ao Oceano Atlântico. Á medida que o Oceano Índico aquece cada vez mais rápido, gera precipitação adicional. Isso, por sua vez, atrai mais ar de outras partes do mundo, incluindo o Atlântico, para o Oceano Índico.



Monçoes na India, Photo Brasilescola

As alterações climáticas estão aquecendo a Europa

Com tanta precipitação no Oceano Índico, haverá menos precipitação no Oceano Atlântico, disseram os investigadores. Consequentemente, menos precipitação levará a uma maior salinidade nas águas do Atlântico, porque não haverá tanta água da chuva para diluí-la. Essa água mais salgada do Atlântico, ao chegar ao norte via AMOC, arrefece muito mais rápido que o normal e também afunda mais rápido.
"Isso funcionaria como um ponto de partida para o AMOC, intensificando a circulação", afirmou Fedorov. "Por outro lado, não sabemos por quanto tempo esse aquecimento do Oceano Índico continuará. Se o aquecimento de outros oceanos tropicais, especialmente o Pacífico, alcançar o Oceano Índico, a corrente AMOC será interrompida".
 Os cientistas disseram que esta última descoberta ilustra a natureza intrincada e interligada do clima global. À medida que os cientistas tentam entender os efeitos da mudança climática, eles devem tentar identificar todas as variáveis ​​e mecanismos climáticos que provavelmente terão influencia.


O nível do mar já sobe 3,6 mm por ano e tende a aumentar




Fonte//ScienceDaily


Empresa chinesa cria carro elétrico com autonomia para 30 dias


A autonomia de um carro elétrico é o ponto que mais pesa aquando da compra, pois ninguém quer ficar a meio do caminho durante uma viagem.
Se no início do desenvolvimento deste mercado a autonomia era limitada, nos últimos anos têm havido grandes avanços nesta área, especialmente recorrendo a painéis solares.
Binómio carros elétricos e painéis solares fotovoltaicos
E nos últimos meses surgiu a notícia de um grande desenvolvimento, por parte da Hanergy, que desenvolveu tecnologia para carros elétricos garantindo uma autonomia até 30 dias com uma única carga!


Photo PortalEnergia

Motor HET promete revolucionar indústria dos carros elétricos


Esta empresa chinesa, que está no mercado das energias renováveis com painéis solares de alta eficiência, garante ter a solução para garantir esta autonomia em carros elétricos.
Mas, isso só será possível de o carro percorrer apenas 20 kms por dia.
A empresa considera ser essa a distancia media e suficiente para a maioria das pessoas que apenas se deslocam de casa para o trabalho e trabalho para casa.

Após vários testes, a bateria do carro elétrico ainda ficou com 60% da bateria.
Os resultados foram satisfatórios após os testes com painéis solares no tejadilho do carro elétrico. Em 5 a 6 horas os painéis restabeleciam a bateria do carro elétrico, restabelecendo assim a autonomia do mesmo.
Durante os testes, 30 dias de testes, a bateria do carro esteve sempre operacional, sendo que em média ficava com 60% a 80% de carga entre cada teste realizado (percorrendo assim mais quilómetros).

Lightyear One, o carro solar que todos vão desejar



Durante o teste de 30 dias, cada dia após os 20 quilómetros conduzidos, a bateria ainda tinha entre 60& a 80% de disponibilidade, o que significa que o carro ainda podia andar mais 30 a 80 quilómetros, aumentando a autonomia diária do carro elétrico solar para 50 a 100 quilómetros, suficiente para o dia-a-dia”, esclareceu a empresa.
A empresa revelou ainda que este sucesso de autonomia para 30 dias, se deve ao uso de painéis solares especiais. São painéis solares compostos por uma película extrafina de arsenieto de gálio. Esse composto, arsenieto de gálio, é um composto químico sintético, de fórmula mínima GaAs. Na indústria eletrónica/informática, é um material muito usado, semicondutor, usado na construção de circuitos integrados!



Toyota com plano para veículos elétricos, híbridos e a hidrogênio


Fonte//PortalEnergia


quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Vacina contra o câncer de mama pode estar para breve


Investigadores da Clínica Mayo desenvolveram uma vacina contra o cancro ovário e da mama que poderá estar disponível comercialmente dentro de oito anos.
A ideia da vacina é estimular o próprio sistema imunológico dos pacientes a combater o cancro de mama, procurando e eliminando as células cancerígenas do corpo.


Photo BBC

Cientistas podem ter descoberto como reverter o envelhecimento


Este promissor campo de investigação, conhecido como “imunoterapia”, representa o padrão ideal de tratamento contra o cancro, uma vez que mantém as células saudáveis do corpo intactas, ao contrário da quimioterapia e da radiação, por exemplo.
A vacina deverá estimular a resposta imune do próprio paciente para que as células imunes, como as células T, entrem e ataquem o cancro”, explicou Saranya Chumsri, oncologista da Clínica Mayo, ao First Coast News.

Nos resultados inicias dos testes feitos pela Mayo, a vacina pareceu reconhecer e remover as células cancerígenas com sucesso numa paciente, enquanto outra está a mostrar mudanças positivas.
O próximo passo dos cientistas é conseguir a aprovação da Food and Drug Administration (FDA) para passar para o terceiro estágio dos testes clínicos, um processo que provavelmente levará mais três anos. Ainda assim, estão confiantes de que a sua nova terapia irá provar-se eficaz, como outras vacinas que já criaram para o cancro da mama.



Photo Vencerocancer


Nova pandemia pode matar 80 milhões de pessoas



Sabemos que as vacinas são seguras. Sabemos que estimulam o sistema imunológico, para combater o cancro. Sabemos que tiveram um impacto positivo no cancro do ovário e da mama. Não vimos nenhum evento adverso que esteja a causar problemas além de irritação na área, semelhante a uma vacina contra a gripe. Agora temos que convencer a FDA, através de ensaios clínicos sólidos e rigorosos“, disse o médico Keith L. Knutson à Forbes, afirmando que razoável pensar que a vacina estará disponível nas farmácias ou em consultórios médicos em menos de uma década.

“Doença dos cervos Zombies” pode se transmitir aos seres humanos



Não consumir carne vermelha ou processada parece não trazer benefícios à saúde



Fonte//BigThink