quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Cientistas criam supercomputador para imitar o cérebro humano

Os cientistas ativaram o maior "cérebro" do mundo. Um supercomputador com um milhão de processadores, 1.200 placas de circuito interligadas que, juntas, funcionam como um cérebro humano. Foram precisos dez anos de estudos para desenvolver o que é o maior computador neuromórfico do mundo. Este é um tipo de computador que imita o funcionamento dos neurónios, anunciaram cientistas no dia 2 de Novembro




. Apelidado de Spiking Network Architecture, ou Spinnaker, o computador está localizado na Universidade de Manchester, no Reino Unido, e faz repensar a maneira como os computadores convencionais funcionam, disse Steve Furber, professor de engenharia da computação da Universidade de Manchester.

 O Spinnaker não só "pensa" como um cérebro, mas cria modelos de neurónios de cérebros humanos e simula mais neurónios em tempo real do que qualquer outro computador na Terra. "A sua principal funçao é apoiar os modelos cerebrais parciais. Por exemplo, modelos de córtex, de gânglios da base ou múltiplas regiões expressas típicas como redes de ativação ou disparo de neurónios", disse Furber à Live Science por e-mail.

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Desde Abril de 2016 que o SpiNNaker vem simulando a atividade dos neurónios usando 500.000 processadores, mas a máquina atualizada tem o dobro da capacidade. Este projeto teve o apoio do Projeto Cérebro Humano da União Europeia. num esforço para construir um cérebro “humano” virtual.
O Spinnaker permitirá que os cientistas criem modelos detalhados do cérebro. Mas agora ele tem capacidade para realizar 200 quatriliões de ações simultaneamente. Enquanto alguns outros computadores podem rivalizar com o SpiNNaker no número de processadores, o que diferencia esta plataforma é a infraestrutura que faz a interligação entre os processadores.
 No cérebro humano, 100 mil milhões de neurônios disparam e transmitem sinais simultaneamente para milhares de destinos. A arquitetura do SpiNNaker suporta um nível excecional de comunicação entre seus processadores, comportando-se muito como uma rede cérebro.

 Os supercomputadores convencionais têm mecanismos de conectividade muito menos adaptados à modelagem cerebral em tempo real, mas, o SpiNNaker é mais eficiente em modelar redes neurais de maior alcance em tempo real biológico do que qualquer outra máquina. Quando o SpiNNaker operava com apenas 500.000 processadores, modelou 80.000 neurónios no córtex, a região do cérebro que modera os dados dos sentidos.

Uma outra simulação do SpiNNaker dos gânglios da base, uma área do cérebro afetada pela doença de Parkinson , sugere o potencial do computador como uma ferramenta para estudar distúrbios cerebrais. O SpiNNaker também pode controlar um robôt móvel chamado SpOmnibot, que usa o computador para interpretar os dados dos sensores de visão do robô e fazer escolhas de navegação em tempo real.

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Com todo este poder de computação e capacidade cerebral, poderá o SpiNNaker comportar-se como um cérebro humano real? Por enquanto, simular exatamente um cérebro humano não é possível. Uma máquina avançada, como a Spinnaker, ainda pode gerenciar apenas uma fração da comunicação realizada por um cérebro humano.

 Os supercomputadores têm ainda um longo caminho a percorrer antes de poderem pensar por si mesmos, escreveu Furber no e-mail. "Mesmo com um milhão de processadores, podemos nos aproximar apenas de 1% da escala do cérebro humano, e isso é com muitas suposições simplificadoras", disse ele.


 Fonte//LivesCiense

Restos de bomba nazi descoberta no Reino Unido

Arqueólogos descobriram os restos de uma “bomba voadora” V1 nazi que caiu e explodiu numa floresta em 1944 a caminho do alvo em Londres. Na escavação, foram encontradas algumas peças da bomba V1 nazi, não tripulada, antecessora dos atuais mísseis.


 Nos últimos meses da 2ª Grande Guerra a Alemanha nazi lançou milhares de bombas, entre as quais constava as bombas voadoras V1 . Colin Welch, líder do projeto, disse à Live Science que quase 10 mil bombas voadoras V1 foram lançadas, principalmente das rampas de lançamento localizadas na Holanda em 1944 e 1945.

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A bomba encontrada na floresta perto de Ashford, em Kent, caiu antes de chegar a Londres, abatida a 6 de agosto de 1944 por Józef Donocik, um piloto polaco. Nesta altura os pilotos de aviões caças especializaram-se em abater bombas voadoras, tendo destruído muitas V1
 

O regulador de combustível da V1 (esquerda) e um servomotor do sistema de orientação com parte de uma mangueira de ar comprimido conectada.[/caption] No entanto, grande parte delas atingiram os alvos, causando milhares de vítimas no Reino Unido em poucos meses, isto além dos danos que causaram.
 As bombas voadoras V1 tinham uma envergadura de cinco metros e transportavam uma carga explosiva com 850 quilogramas, de acordo com o Museu do Império e da Guerra, em Londres. As V1 eram lançadas de uma rampa e alcançavam uma velocidade máxima de 640 quilómetros por hora.

 Colin Welch explicou que o ruido causado pelas bombas era aterrorizante especialmente no sudoeste da Inglaterra, especialmente se o som deixasse de se ouvir. Significava que a arma em queda sobre o alvo. As bombas V1 tinham um sistema de orientação que usava ar comprimido e tinha um alcance de 240 quilómetros, o suficiente para atingir sudeste da Inglaterra,

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Hitler usou as V1 como retaliação aos bombardeamentos devastadores em cidades alemãs como Hamburgo, onde morreram mais de 35 mil pessoas em poucos dias em 1943. Colin Welch e o irmão Sean gerem o Research Resource, uma equipa de arqueólogos privados que realizou vários projetos relacionados com a guerra em Kent.

 Para o arqueólogo, o maior desafio das recentes escavações de restos de bombas V1 é a conservação das partes metálicas.
A maior parte do aço usado na construção está corroído devido ao contacto com o solo húmido e ácido, com exceção a algumas partes de alumínio. Welch e o irmão pretendem criar um museu online com as suas escavações e  armas virtuais, que incluiria modelos 3D dos artefactos recuperados


   Fonte//LivesCiense