As consequências do clima em aquecimento no nosso planeta são
muito variáveis, desde eventos climáticos extremos, aumento dos níveis de
vegetação no Ártico e até mudanças nas estações.
Agora acabamos de receber uma nova métrica mostrando a
gravidade da situação.
Um grupo de cientistas reuniu-se para discutir o que podemos
aprender sobre o meio ambiente olhando para o passado.
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O aquecimento do Ártico contribui para a seca mundial
Olhando para a última vez em que a atmosfera da Terra tinha
imenso dióxido de carbono a cena é bastante dramática. Havia árvores no Pólo
Sul, o nível do mar era de até 20 metros (mais alto, e as temperaturas globais
eram de 3, 4 ° C mais altas do que são hoje.
Isso mostra uma imagem preocupante de quanto CO2 temos em
nosso ar e como nosso mundo pode continuar mudando com o aumento da
temperatura.
Cientistas de todo o Reino Unido reuniram-se na Royal
Meteorological Society em 3 de abril para discutir as pesquisas mais recentes
sobre a mudança climática, e como o nosso passado distante pode em breve voltar
a se repetir.
Uma das pesquisadoras, Jane Francis, da British Antarctic
Survey, baseou sua análise num achado de fósseis de plantas e registros
sedimentares datados da época do Plioceno, entre 5,3 milhões e 2,6 milhões de
anos.
"Esta é uma descoberta incrível", disse ela ao The
Guardian . "Eles encontraram folhas fósseis de faia do sul, a que chamo as
últimas florestas da Antártida."
"Essas árvores cresciam a 400 ppm [partes por milhão]
de CO2, que é para para onde estamos voltando, com camadas de gelo derretendo,
o que pode permitir que as plantas colonizem novamente."
No ano passado, a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera
chegou a 410 ppm , considerado o nível mais alto nos últimos 800.000 anos.
Estamos continuando a queimar combustíveis fósseis e o dióxido de carbono
continua aumentando.
Até agora não temos o aumento do nível do mar e da
temperatura do Plioceno, e vegetação no Polo Sul, mas para lá caminhamos. Essas
novas descobertas são outro aviso sobre o nosso futuro.
As regiões polares são as mais sensíveis às mudanças
climáticas e mostram os efeitos primeiro, sendo como um sistema de alerta para
o nosso planeta.
Quando se trata da descoberta das florestas do Pólo Sul, as
indicações são de que, quando essas folhas fossilizadas eram floresta, não
havia camadas de gelo na Groenlândia e no oeste da Antártida.
As temperaturas de verão na Antártida teriam sido á volta de
5 graus Celsius (41 graus Fahrenheit), em comparação com os -15 a -20 graus
Celsius (5 a -4 graus Fahrenheit) de hoje.
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Revelado o único método capaz de evitar uma catástrofe climática
Mantendo a taxa atual de emissões, os cientistas indicam que
poderíamos chegar a 1.000 ppm de CO2 na atmosfera. São necessários medidas
drásticas para impedir que isso aconteça, caso contrário, voltaremos à era do
Plioceno.
"Depois de estudar o Plioceno ao longo de 21 anos, está
tudo se repetindo e nas próximas décadas, teremos um clima que já que não
existia há mais de três milhões de anos" , disse ele .
Pode assistir a uma gravação da reunião.
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Fonte//ScienceAlert