O Mar dos Sargaços, é formado por ilhas flutuantes de algas
que atraem peixes, pássaros e tartarugas.
Mas ao longo da última década, o seu crescimento aumentou
perigosamente. Em meados do ano passado, o cinturão de algas havia crescido
para mais de 20 milhões de toneladas, estendendo-se por quase 9.000
quilômetros.
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“Apartheid Climático” é iminente. Apenas os ricos sobreviverão.
As praias ao longo do Atlântico e do Caribe estão sendo
atingidas por faixas de algas, o que representa uma ameaça para as
indústrias do turismo de algumas dessas comunidades.
Normalmente, essas manchas de algas podem ajudar a fornecer
refúgio para animais marinhos no oceano aberto e ajudar a oxigenar a água
através da fotossíntese. Mas o crescimento desenfreado, especialmente perto das
regiões costeiras, pode dificultar a capacidade dos animais de se movimentar e
respirar e pode sufocar outros corais e plantas.
Para entender o que está causando essa disseminação, Mengqiu
Wang, da Universidade do Sul da Flórida, analisou duas décadas de dados de
satélite, fazendo referência a dados que incluíam padrões de consumo de
fertilizantes no Brasil, desflorestaçao na Amazônia e descarga do rio Amazonas.
Antes de 2011, a quantidade de Sargaço do Atlântico
equatorial e do Caribe era insignificante, mas a partir daí começaram as
grandes mudanças.
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Descongelamento prematuro do permafrost do Ártico preocupa cientistas
Wang constatou que os aumentos anuais observados quase todos
os anos a partir de 2011 coincidem com a descarga, rica em nutrientes, que flui
do rio Amazonas durante o verão e a primavera, e ressurgindo na costa oeste
africana, que leva água mais rica em nutrientes para zonas menos profundas.
O aumento da desflorestação e o uso de fertilizantes no
Brasil nos últimos anos fez crescer os índices de nutrientes que fluem da
Amazônia e ajudou a proliferar as algas, escreveu Wang.
Sem sinais de desaceleração, essas proliferações de algas
provavelmente serão normais a partir de agora.
Descongelamento prematuro do permafrost do Ártico preocupa cientistas
Se nada mudar, a civilização pode colapsar em poucas décadas
Fonte// Newscientist