quinta-feira, 9 de maio de 2019

Mudanças climáticas ameaçam fortemente a Grã-Bretanha


A costa da Inglaterra vai sofrer cada vez mais com a erosão, e segundo alertou a Environment Agency (Agência Ambiental),os serviços de proteção contra as cheias da Grã-Bretanha devem-se preparar para o pior.
 Emma Howard Boyd, presidente desta agência, disse que, de acordo com as tendências atuais, a temperatura global pode subir de 2 a 4 graus Celcius até 2100 e o país vai necessitar de gastar cerca de mil milhões de libras por ano na gestão de proteção contra cheias.


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Alertou também para a necessidade de algumas zonas poderem até precisar de serem abandonadas devido ao risco de inundações. O governo respondeu que no Outono essa questão seria analisada.
Howard Boyd, afirma que a política do governo deve garantir que todas as infraestruturas financiadas com dinheiros públicos estejam preparados para resistir a inundações e às mudanças nas áreas costeiras até 2050.
"Não podemos vencer uma guerra contra a água, construindo defesas contra as mudanças climáticas infinitamente altas", disse ela.
Ela pediu que sejam criados incentivos para os proprietários reconstruírem as casas após inundações em locais melhores, e preparadas para resistir a estes fenómenos, como por exemplo, o fornecimento de eletricidade, estruturas reforçadas e portas de estanques, em vez de apenas "reconstruir o que havia antes".




No entanto, ela advertiu que em alguns lugares o risco pode ser tão elevado que a recuperação poderá não ser melhor solução a longo prazo e as populações precisariam de ajuda governamental para mudar para sítios mais seguros.
A agência espera que surjam chuvas mais intensas e aumente a erosão costeira.
Calcula que, para cada pessoa vitima das inundações, cerca de outras 16 são afetadas pela perda de serviços, como energia, transporte e telecomunicações.
A Sra. Howard Boyd alertou que o crescimento populacional na Inglaterra obrigou á construção em sítios de risco e este fenómeno deverá duplicar nos próximos 50 anos.





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A agência baseia-se na pesquisa do Instituto Cambridge de Liderança em Sustentabilidade, que sugere que as perdas financeiras do Reino Unido também podem dobrar se as temperaturas globais aumentarem 2ºC e triplicarem se o aquecimento atingir 4ºC.
A ministra do Meio Ambiente, Therese Coffey, concordou afirmando que ass inundações e a erosão costeira podem ter consequências terríveis para as pessoas, para as empresas e para o meio ambiente.
O governo Britânico tem um programa de apoio onde ao longo de seis anos irá ser gasto, 2,6 mil milhões de libras para proteger as habitações, tendo já financiado mas de 1500 projetos.
A associaçao,  Friends of the Earth disse defende que se tomem medidas de carater mais natural como a plantação de arvores e a redução nas emissões de gazes de efeito estufa, apontando o dedo ao governo não tomar medidas efetivas nesse sentido, preferindo estradas e aeroportos em vez de investir mais em energias renováveis.

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Fonte //BBC