sábado, 9 de março de 2019

Está chovendo no gelo da Groenlândia, no inverno, e isso é muito mau


Os dias de chuva são cada vez mais comuns em partes da Gronelândia normalmente cobertas por gelo, provocando a fusão rápida do gelo e fragilizando a superfície, potenciando um degelo generalizado.
A revista científica The Cryosphere divulgou num estudo, que algumas partes da camada de gelo estão a ter chuva no inverno em vez de neve, um fenómeno que se vai aumentar à medida que o clima continuar a aquecer.


Photo SicenceDaily

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A Gronelândia tem vindo a perder gelo nas últimas décadas devido ao aquecimento progressivo. Desde os anos 90 que as temperaturas médias sobre o manto de gelo subiram 1,8ºC no verão e até 3ºC no inverno.
Estimativas indicam que o manto gelado esteja a perder 270 mil milhões de toneladas de gelo em cada ano. Até recentemente grande parte do gelo  partia-se de perdia-se em icebergues, mas agora é o derretimento, que já representa 70% das perdas, principalmente por causa da chuva.
A investigação analisou dados recolhidos entre 1979 e 2012, comparando imagens de satélite e observações meteorológicas, para perceber o que estava a provocar a fusão em locais específicos.
Segundo a principal autora do estudo, Marilena Oltamnns, do Centro Geomar para Pesquisas Oceânicas, da Alemanha, durante o período em análise o degelo associado à chuva duplicou no verão e triplicou no inverno.

A fusão dos mantos de gelo pode ser causada por uma complexidade de fatores, mas a água líquida é o mais culpado, disse Marco Tedesco, da Universidade de Colúmbia, Estados Unidos, e outro dos autores do estudo.
As temperaturas mais altas tornam mais provável que as condições atmosféricas mudem e em que precipitação toma a forma de chuva, que carrega grande quantidade de calor, e não de neve. Segundo os investigadores, essas condições produzem uma fusão do gelo que se auto alimenta e que continua mesmo depois da chuva.




Existem efeitos a longo prazo, dizem os autores do estudo. Eles acreditam que parte da água derretida se esvai, mas o restante congela, transformando a neve, em massas mais escuras e densas de gelo. Esse gelo absorve a radiação solar com mais facilidade do que a neve, que provoca mais derretimento, num circuito vicioso.
Embora a chuva esteja atingindo partes cada vez mais distantes do gelo no verão, as chuvas de inverno por enquanto parecem limitadas ás elevações mais baixas no sul e no sudoeste da Groenlândia.
"O gelo deve ganhar massa no inverno quando neva, mas cada vez mais perde massa pelo derretimento", disse Oltmanns.


Photo Revista Piaui


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A Gronelândia não é o único lugar do norte do planeta afetado pelo aumento da chuva no inverno, em vez de neve. Chuvas anormais no norte do Canadá deixaram um manto de água que congelou, aprisionando as plantas que renas e bois almiscarados comiam procurando através da neve solta. Manadas inteiras foram dizimadas por causo disto.
E um estudo recém publicado sobre uma zona perto de Fairbanks, no Alasca, mostra que o aumento das chuvas de primavera está se infiltrando no permafrost, descongelando-o e liberando grandes quantidades de metano, um gás de efeito estufa altamente perigoso.

Entre 1993 e 2014, a subida global do nível do mar amentou de cerca de 2,2 milímetros por ano para 3,3 milímetros, e acredita-se que grande parte desse aumento deve-se ao derretimento da Groenlândia.
O estudo foi co-autoria de Fiammetta Straneo do Scripps Institution of Oceanography.


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Fonte//ScienceDaily




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A poluição do ar é um grande problema, mas é particularmente grave em Seul, a capital da Coreia do Sul. Assim as autoridades governamentais estão tomando medidas drásticas para tentar lidar com a poluição que cada vez mais se apodera da cidade.
O mais recente plano do Presidente Moon Jae-in é criar chuva artificial para lavar a atmosfera. É uma estratégia já há muito pensada, mas ainda não há evidências concretas de que isso realmente funcione.


Photo Folha Uol


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A ideia é chamada de semear as nuvens, que consiste em libertar substâncias químicas específicas, geralmente por aviões, com a intenção de incentivar a formação de gotículas de água. A chuva que é criada então atrai as partículas de poluição que caem juntamente com a chuva.
Experiências anteriores foram inconclusivas sobre se semear as nuvens realmente funciona, e a própria Coreia do Sul fez uma tentativa fracassada de criar chuva de limpeza de ar em janeiro.
Até agora, a técnica tem sido usada para tentar garantir bom tempo para as Olimpíadas de Pequim e para resolver a escassez de água, mas só funciona se houver tipos específicos de nuvens, para começar a dar um impulso artificial à precipitação.
Há também um estudo em curso sobre a eficácia a longo prazo do uso da água para eliminar a poluição. A chuva pode limpar o ar de partículas poluentes, mas até que ponto é eficaz, é algo que os cientistas ainda estão investigando.






No entanto, a Coreia do Sul vai tentar outra vez. O projeto está sendo realizado em parceria com a China, já que muitas das partículas de poeira que poluem a atmosfera são originárias do país vizinho.
Aparentemente, a chuva artificial é gerada por cima do Mar Amarelo, a oeste da península coreana.
Tem sido uma semana particularmente má para a poluição do ar na região. A Associated Press informa que os níveis de concentração de poeira fina foram de 136 microgramas por metro cúbico em Seul na quarta-feira, sendo 75 microgramas por metro cúbico considerado "muito ruim" pelo Instituto Nacional de Pesquisa Ambiental na Coreia do Sul.

Isso é em relação às partículas ultrafinas menores que 2,5 micrômetros de diâmetro, ou PM 2,5. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda manter os níveis de PM 2.5 abaixo de 25 microgramas.
O governo também está tomando medidas para fechar centrais produtoras de energia a carvão antigas e vai disponibilizar mais dinheiro para purificadores de ar nas escolas.


Photo GettyImages

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Seja qual for a eficácia ou não de usar a chuva artificial para eliminar a poluição, o certo é que algo tem que ser feito, e muito rapidamente. De acordo com estatísticas da OMS divulgadas no ano passado, 93% das crianças em todo o mundo com menos de 15 anos estão respirando ar poluído.
Em última análise, combater a poluição do ar a longo prazo, e todos os danos à nossa saúde e ao mundo natural que a acompanha, envolverá mudanças na maneira como vivemos e produzimos nossa energia.




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Fonte// ScienceAlert