segunda-feira, 13 de maio de 2019

Investigadores criaram blocos de 1.7 t que podem ser movimentados sem equipamentos

As sociedades antigas construíram estruturas gigantescas como o Stonehenge na Inglaterra ou as Cabeças da Ilha de Páscoa, numa época não havia guindastes ou camiões para transportar essas grandes pedras.
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (EUA) desenvolveram designs que dão maior suporte à teoria de que essas peças eram deslocadas sem grande esforço até ao seu local final.
Na experiencia, produziram estruturas gigantes de betão com mais de 1.7 toneladas que podem ser movimentadas, manobradas, roladas, posicionadas e giradas à mão, sem a ajuda de qualquer equipamento extra.



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Puma Punku um dos grandes mistérios da antiguidade



O projeto aconteceu com a participação de duas empresas além da universidade, a Matter Desing e  CEMEX, que projetaram e criaram os grande blocos de concreto que podem ser montados como se fossem blocos de brinquedo.
Os blocos foram chamados de Unidades Maciças de Alvenaria, ou pela sigla em inglês MMU. Eles foram feitos de concreto com densidades diferentes para permitir o controlo sobre os diferentes centros de gravidade que ele adquiria conforme era movido, além de estabilidade e equilíbrio.




Apesar de parecerem ter formatos aleatórios, eles foram projetados pensando nos recursos de inter travamento, pontos de rotação, bordas arredondadas e chanfros. O resultado são blocos demasiado pesados para serem erguidos por uma pessoa, mas que podem ser balançados, girados, inclinados, rolados e deslocados de um ponto ao outro, com grande facilidade de precisão.
Apesar do enorme peso, esses blocos são duráveis e podem fazer parte da construção de estruturas maiores. A técnica, com ajuda de impressoras em 3D com concreto, poderia ser utilizada para construir em locais de difícil acesso para guindastes ou até em construções temporárias, como uma barreira contra inundações que pode ser montada pelos próprios moradores de uma região afetada por chuvas ou marés anormalmente altas.

O trabalho também mostra que é bastante possível que as 887 estátuas gigantescas de pedra espalhadas pela Ilha de Páscoa podem ter sido conduzidas até seus locais definitivos por pessoas, com a ajuda de cordas. Elas pesam entre 1 e 27 toneladas, dependendo do tamanho, e estão a cerca de 20km do local em que foram esculpidas.



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Fonte//Gizmodo



O que fez a Islândia para diminuir as alterações climáticas

No Acordo de Paris, quase todas as nações da Terra comprometeram-se a reduzir o aumento do aquecimento global a 1,5 grau Celsius, acima dos níveis pré-industriais até o ano 2100.
Os governos de todo mundo estão tentando alcançar suas próprias marcas através de várias medidas, mesmo não consiguindo manter as mudanças climáticas sob controlo.
 A Islândia, por exemplo, prometeu reduzir suas emissões de gases do efeito estufa em 40% até 2030. No entanto, suas emissões de carbono aumentaram em 2,2% de 2016 para 2017, segundo um relatório da Agência Ambiental do país. Culpam a aviação, que é essencial para a robusta economia do turismo do país, mas é responsável por um terço de suas emissões totais.




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Mas a Islândia é extremamente atípica, pois mais da metade de toda a energia que produz vem de fontes geotérmicas. Assim, em resposta ao problema do carbono, alguns dos cientistas mais visionários do país tiraram proveito de seus recursos naturais para desenvolver um método relativamente radical para limpar o ar dessas emissões nocivas de CO2, e ao que parece, funciona.
Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) é uma tecnologia promovida pelas Nações Unidas que pode capturar até 90 por cento das emissões de CO2 provenientes de fontes de combustíveis fósseis e enviá-las para um local de armazenamento subterrâneo, geralmente um antigo campo de petróleo e gás ou uma formação de aquíferos salinos, para que o C02 não entre na atmosfera da Terra.


Os cientistas e engenheiros da Islândia, ao lado de especialistas da França e dos Estados Unidos, têm trabalhado num projeto que aplica métodos CCS chamados CarbFix . Durante anos, eles trabalharam em Hellisheidi , uma enorme central geotérmica  num vulcão perto de Reykjavik. A central está construída sobre uma camada de rocha basáltica porosa formada por lava resfriada e, crucialmente, tem fácil acesso ao infinito abastecimento de água sob o vulcão.
Assim, a equipe da CarbFix decidiu usar o Hellisheidi como um campo de testes para o seu próprio conceito de CCS.








À medida que a central bombeia a água vulcânica para operar as turbinas que fornecem calor e eletricidade a Reykjavik, os cientistas capturam o CO2 emitido do vapor da central e condensa-o em estado liquido. Então, dissolvem-no em grandes quantidades de água. Esse processo, como afirma Edda Sif Aradottir, diretora de projetos da CarbFix , numa declaração à imprensa , é basicamente como se produz a água com gás.
A água é então canalizada para os poços próximos, onde os cientistas a injetam na rocha de basalto a 3.300 pés abaixo do solo. Quando a água atinge a rocha, ela preenche suas cavidades e começa a se solidificar, graças à reação química do CO2 que interage com o cálcio, o magnésio e o ferro, todos presentes no basalto.
Em pouco tempo, esse CO2 injetado mineraliza e permanece com segurança no subsolo para sempre.

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No final de 2018, após vários anos de testes, a equipe da CarbFix havia injetado cerca de 43.000 toneladas de CO2 no solo. (Quadro de referência: os vulcões da Islândia produzem entre 1 e 2 milhões de toneladas de CO2 todos os anos.) A equipa diz que o projeto reduziu as emissões totais do Hellisheidi num terço, e seu método pode ser replicado em qualquer lugar, desde que uma fonte de CO2 esteja perto de uma fonte de água e formações de basalto.
Há uma desvantagem: esse processo requer muita água. Para cada tonelada de CO2 injetada, os cientistas da CarbFix precisam usar cerca de 25 toneladas de água. Mas, como diz Aradottir, "ganhamos muito ao nos livrarmos permanentemente de CO2 que, de outra forma, estaria na atmosfera".









Além disso, a CarbFix diz que a água pode ser circulada e reutilizada após o CO2 ter sido removido.
Naturalmente, a Islândia dessalinizou a água, o que não é fácil fazer em outros lugares da Terra, o que, por enquanto, dificulta bastante a adoção desse projeto noutros países, caso a equipe da CarbFix não possa adaptar o método à água salgada.
Mas o avanço da Islândia deveria ser um modelo para o resto do mundo, não um impedimento. Para que todos os países realmente combatam a mudança climática, eles precisam trabalhar com o que têm, assim como os engenheiros da Índia cobriram seus canais com painéis solares para economizar água e gerar energia. A mudança global começa no nível local.


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Fonte//PopularMecanics