sábado, 13 de abril de 2019

Onde param os plásticos oceânicos "desaparecidos"


Dos entre 4 a 12 milhões de toneladas de plástico que entram nos oceanos todos os anos, apenas 250 mil toneladas, menos de um por cento, permanecem á superfície
É um enigma que tem intrigado os cientistas ao longo dos anos. A civilização despeja milhões de toneladas de plásticos nos oceanos em todo o mundo anualmente, mas apenas uma pequena fração permanece visível á superfície.

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The Ocean Cleanup inicia projeto para remover o plástico dos oceanos



Agora, uma equipe internacional de investigadores pensa ter descoberto onde está todo esse plástico.
Enquanto imagens de praias entupidas de plástico e redemoinhos de detritos flutuando em alto mar estão levando governos e cidades a limitar ou mesmo travar o uso do plástico, surgem evidências que o plástico em “falta” está se depositando no fundo dos oceanos.
No geral, mais de 99% dos plásticos despejados no mar ao longo de várias décadas estão atualmente desaparecidos. À medida que os plásticos se degradam pela erosão, luz ultravioleta e decaimento microbiano, sua densidade muda, colocando-os à mercê das correntes oceânicas, e, uma vez puxados para o fundo, é muito mais difícil para os especialistas o rastrearem.





"É muito difícil decidir onde tudo isso acontece porque há muitos processos em ação", disse Alethea Mountford, da Escola de Ciências Naturais e Ambientais da Universidade de Newcastle, à AFP. "Mesmo o plástico na superfície pode afundar e voltar a subir, está se deslocando entre diferentes profundidades e em diferentes áreas do oceano”.
Alethea Mountford usou um modelo de computador das correntes oceânicas para plásticos de três densidades diferentes, para simular onde a maioria dos fragmentos se acumula quando começam a afundar. O modelo mostrou um aumento significativo em profundidades que variam de milhares de metros no Mar Mediterrâneo, no Oceano Índico e no Sudeste Asiático.


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A poluição plástica esta contaminar todas as cadeias alimentares



Grande parte do plástico acaba no fundo do mar, como os investigadores descreveram no início deste ano num estudo separado que descobriu fibras microplásticas nas entranhas de pequenos camarões que vivem no fundo da Fossa das Marianas,o lugar mais profundo da Terra.
Embora Mountford tenha afirmado que sua pesquisa era preliminar, os resultados poderiam ajudar a concentrar a investigação nas áreas oceânicas identificadas e permitir melhores estudos sobre os danos que os plásticos causam à vida marinha.
O trabalho de Mountford baseia-se no trabalho de Eric van Sebille, professor associado em Oceanografia e Mudança Climática da Universidade de Utrecht, na Holanda.
Ele disse que a maioria das pesquisas sobre poluição plástica tradicionalmente concentrava-se nos fragmentos que ficam na superfície, e com boas razões.




A pesquisa atual de Van Sebille baseia-se no fato de que a poluição plástica é agora tão prolífica que monitorizar os próprios fragmentos de resíduos pode fornecer informações valiosas sobre a circulação oceânica. O seu palpite, que deve ser confirmado à medida que a os modelos de computador são mais sofisticados, é que a grande maioria dos plásticos despejados nos oceanos é levada de volta à praia. Isso explicaria a enorme disparidade no volume que entra nos oceanos e as menores quantidades que flutuam.
Van Sebille acrescentou que, embora o problema da poluição por plásticos hoje possa parecer intransponível, concentrar os esforços de limpeza nas áreas costeiras poderia resultar numa contaminação plástica muito mais ampla a longo prazo.


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Água engarrafada com milhares de partículas de microplásticos



Numa série de estudos sobre resíduos plásticos revelados na terça-feira no Sindicato Europeu de Geociências, em Viena, um artigo mostrou contaminação por plásticos na geleira de Forni, uma grande massa de água congelada no alto dos Alpes italianos. Uma equipa de especialistas italianos encontrou entre 28 e 74 fragmentos por quilo de sedimento analisados, o que significa que toda a geleira abriga 131 a 162 milhões de fragmentos de plástico.
Das profundezas do mar ás montanhas, toda a Terra esta contaminada por plástico.

Baleia encalha morta com 23 kg de plástico no estomago

Encontrada maneira de transformar C02 em plastico

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Fonte//Phys






SpaceX lança com sucesso o seu primeiro foguetão comercial

O foguetão Falcon Heavy da empresa SpaceX realizou com sucesso o seu primeiro voo comercial, colocando o satélite saudita Arabsat-6A em órbita. A decolagem ocorreu ontem, no Cabo Canaveral, no estado norte-americano da Flórida.
O Arabsat-6A, de seis toneladas, entrou em órbita em uma distância de 36 mil quilômetros da Terra, 34 minutos depois da decolagem.

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Novo programa 'Star Wars' SpaceX está a estudar implantar armas em orbita dos EUA


Três dos dezasseis propulsores do foguetão Falcon Heavy foram recuperados. Dois deles pousaram na Terra depois dez minutos depois do lançamento, outro propulsor pousou numa plataforma flutuante no Oceano Atlântico, chamada pelos técnicos da SpaceX de “Of course I still love you” (“Claro que ainda te amo”).
O lançamento estava marcado para a quarta-feira, dia 10, mas ventos de mais de 100km/h colocariam em risco o foguetão e, por isso, o lançamento foi adiado.






Outro modelo Falcon Heavy já havia sido lançado em fevereiro de 2018, carregando um veículo em direção à Marte, um Tesla do CEO da SpaceX, do bilionário Elon Musk.
“ A vida não são só tristezas, e resolver problemas. São necessárias coisas para te inspirar, deixando-nos felizes por acordar de manhã e fazer parte da humanidade. É por isso que fizemos isto pela humanidade”, afirmou Elon Musk, após o lançamento.