quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Descoberta forma de combater os gases de efeito estufa

Pode ter sido descoberta uma nova maneira de combater os gases do efeito estufa.
Por mais estranho que pareça, pequenos organismos descobertos no fundo dos oceanos conseguem “alimentar-se” de C02 e hidrocarbonetos.
Estes micróbios, recolhidos no Golfo da Califórnia, a cerca de 2.000 metros de profundidade, vivem em zonas onde a atividade vulcânica submarina aumenta a temperatura para cerca de 200 graus Celsius (392 graus Fahrenheit).



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Foram identificados e separados, um total de 551 genomas, incluindo 22 que completamente desconhecidos, Estes microrganismos alimenta-se hidrocarbonetos como metano e butano.
No fundo do mar, existem enormes reservatórios de gases de hidrocarbonetos, incluindo metano, propano, butano e outros, e esses micróbios impedem que esses gases, de efeito estufa, sejam libertados para a atmosfera, alimentando-se deles quando se libertam do fundo marinho.
Os cientistas pensam usa-los para limitar ou limpar a poluição no futuro, aproveitando essas qualidades. Os estudos começaram agora mas os investigadores pensam ser possível.







De fato, os 22 novos tipos de micróbios são geneticamente desconhecidos, tanto que os cientistas procuram ainda em que sitio da árvore da vida os colocar.
Isso não é surpreendente. Estima-se que 99,9 por cento dos micróbios do mundo ainda não possam ser reproduzidos em laboratório, o que significa que ainda há uma enormidade de novas formas de vida por descobrir.
A árvore da vida é algo que as pessoas têm tentando entender desde que Darwin surgiu com o conceito há mais de 150 anos.


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Graças a melhorias no sequenciamento de DNA e software sofisticado, esse entendimento está a ficar mais claro com o passar dos anos. Os micróbios descobertos neste estudo podem melhorar nossa compreensão da biologia, bem como, potencialmente, controlar os poluentes no meio ambiente.
Para recolher estes micróbios foi usado o submersível Alvin, o mesmo veículo que explorou os destroços do Titanic em 1986.

Mais investigação e um maior número de amostras serão necessários para obter mais conhecimento de como esses micróbios do fundo do mar vivem, e como poderão ser utilizados no ciclo do carbono.
A pesquisa foi publicada na Nature Communications.


Fonte//ScienceAlert




Descoberta mutação genética que permite mergulhos longos em povo da Indonésia


Um estudo da Universidade de Copenhaga (Dinamarca), em colaboração com a Universidade de Cambridge (Reino Unido) e a Universidade da Califórnia (EUA), descobriu que os Bajau, um povo que vive na Indonésia, conseguem mergulhar ate 70 metros de profundidade devido a terem baços geneticamente aumentados.

Foto Hypesience

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Quando mergulhamos, ao prender a respiração, o corpo reage e aciona automaticamente a chamada “Resposta de mergulho”. O batimento cardíaco baixa, os vazos sanguíneos e o baço contraem-se para economizar energia enquanto estamos com pouco oxigênio

Embora já anteriormente houvesse a ideia de que o baço poderia estar diretamente relacionado com a capacidade de mergulhar, agora temos provas, de que ocorreu uma alteração genética em seres humanos, tornando-os capazes de mergulhar bem mais fundo.
O povo Bajau, conhecido como “nômadas do mar” ou “ciganos do mar”, andam pelos mares do sudeste asiático em casas flutuantes, vivendo dos alimentos que colhem no oceano usando lanças em mergulho livre.
Foto Hypesience

Vivendo agora nas ilhas da Indonésia, são famosos em toda a região por suas extraordinárias capacidades de mergulho com respiração sustida. Os Bajau conseguem mergulhar até 70 metros usando apenas pesos para afundar e um par de óculos de madeira. Há registos de pessoas que ficaram submersas durante 13 minutos.

Melissa Ilardo passou vários meses em Jaya Bakti, na Indonésia, para estudar esse povo e tentar verificar se realmente a suspeita inicial tinha fundamento. Existem mamíferos marinhos que têm um baço que se contrai e cria um aumento de oxigenação, na ordem do 9%, como é exemplo a foca-de-weddel.






Os resultados desse estudo, mostraram que os Bajau têm um tamanho médio do baço 50% maior do que os Saluan, e estranhamente todos os Bajau o tinham mesmo os que não mergulhavam.
Os cientistas, então, eliminaram a possibilidade de que os baços maiores fossem simplesmente uma resposta do corpo ás necessidades do mergulho e passaram a investigar os dados genéticos dos Bajau.
Descobriram então que esse povo tem um gene chamado PDE10A que os Saluan não possuem. Acredita-se que o PDE10A controle os níveis do hormônio tireoidiano T4.


Foto Hypesience

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Essa adaptação genética pode aumentar os níveis de tal hormônio da tireoide, o que, consequentemente, aumenta o tamanho do baço.
Esta é a primeira vez que uma adaptação genética ao mergulho foi identificada em seres humanos.
Essas descobertas também abrem a possibilidade de fazer mais estudos a outras populações nômades marinhas tais como o povo tailandês Moken e as mulheres Haenyeo de Jeju, na Coreia do Sul.
Isso é algo que deve ser feito com alguma urgência, já que essas formas tradicionais de vida estão ameaçadas.


Fonte//Hypescience