quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Descoberta maneira económica de reabilitar os recifes de coral

Mesmo depois de serem severamente danificados quer pela pesca quer pela recolha de coral, os recifes de corais podem ser reabilitados em larga escala usando uma técnica relativamente barata, de acordo com um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia em Davis, em parceria com a Mars Symbioscience.


Para o estudo, publicado esta semana na revista Restoration Ecology , foram instaladas  11.000 pequenas estruturas hexagonais chamadas "aranhas" em 20 quilómetros quadrados de recife no centro do Triângulo de Coral da Indonésia. É naquela região do planeta onde existe maior diversidade de corais, mas está ameaçada pela atividade humana, devido á sobre pesca, poluição e mudanças climáticas.

Entre 2013 e 2015, os cientistas coloraram fragmentos de coral nas estruturas, que também estabilizaram o entulho e permitiram que a água flua livremente.

A colocação destes corais vivos nas estruturas aumentou de menos de 10% para mais de 60%., o que muito superior ao crescimento natural registado nas outras áreas  do Triângulo dos Corais, a um custo de cerca de US $ 25 por metro quadrado.

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"Os esforços de restauração e reabilitação de recifes de corais estão aumentando rapidamente em todo o mundo, mas há poucos exemplos de projetos bem-sucedidos", disse a autora correspondente Christine Sur,

É bem conhecido o massivo branqueamento de corais que dizimou o coral noutras partes do mundo entre 2014 e 2016, mas na área de reabilitação o branqueamento foi inferior a 5%, apesar das condições de águas quentes conhecidas por causarem stres aos corais.

Este estudo é uma das últimas publicações lideradas por Susan Williams, professora e bióloga marinha do Laboratório Marítimo da UC Davis Bodega e do Departamento de Evolução e Ecologia, que faleceu em Abril de 2018.

A Mars Symbioscience, um segmento de negócios da Mars Incorporated,  e iniciou o projeto em 2013 com a  colaboração dos habitantes das ilhas.

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Os recifes de corais estão diminuindo em todo o mundo. Reverter a situação exigirá uma abordagem completa das mudanças climáticas e outros impactos humanos, por exemplo, a pesca ilegal, a falta de sistemas de saneamento básico nas ilhas, as áreas de algas marinhas ameaçadas e os detritos marinhos, como a poluição por plásticos, são problemas comuns na Indonésia e em muitos ambientes tropicais. As pessoas que vivem nas pequenas comunidades insulares nesta região também têm poucas alternativas para a pesca, e muitas vezes não têm acesso à educação sobre o meio ambiente oceânico.

Enquanto isso, a técnica de "aranha" e os projetos de restauração oferecem uma maneira de reabilitar grandes áreas de recifes de corais e as comunidades que dependem deles, dando aos recifes uma oportunidade de se adaptarem ao agravamento das condições oceânicas.



Fonte//ScienceDaily

O Japão lançou um elevador espacial em miniatura

O Japão lançou recentemente um satélite contendo um elevador espacial em miniatura, projetado por cientistas da Universidade de Shizuoka.




O protótipo deve servir como teste para o futuro elevador espacial que a empresa Obayashi Corporation espera construir nos próximos 30 anos. A meta é de que esteja em operação até 2050.

A ideia de um elevador espacial foi levantada primeiramente por um cientista russo recluso chamado Konstantin Tsiolkovsky.

O projeto é especialmente atrativo porque, teoricamente, é mais económico do que um foguetão, tornando-se uma opção viável para colocar pessoas e bens no espaço. Mas existem muitas dificuldades práticas a serem consideradas.

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Atualmente, não se conhece qualquer tipo de material suficientemente forte para fazer os cabos para um elevador que ligasse a Terra ao espaço. Nem mesmo nano-tubos de carbono, o material mais forte que já desenvolvemos até agora, aguentariam o esforço.

Como deve funcionar um elevador espacial?


Quanto mais distante da Terra, maior é a força centrífuga.

No entanto, há um ponto entre a superfície terrestre e o espaço onde a força gravitacional e a força centrífuga estão equilibradas. Esse ponto é chamado de “órbita equatorial geossíncrona”.

É aqui que  a Obayashi considerou montar uma estação espacial. O elevador seria mantido no lugar pela combinação de um contrapeso com a força centrífuga.

Embora isso não tenha sido explicitamente explicado, imagina-se que um dos objetivos do teste japonês é observar o funcionamento do mini elevador a um certo nível de gravidade.

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Já falamos aqui da dificuldade em torno do material do cabo do elevador; além de ter que ser forte o suficiente para suportar as subidas e descidas de pesos, também teria que resistir a impactos de detritos espaciais.





Os planos da Obayashi são ambiciosos. De acordo com o Website da companhia, eles planeiam construir uma série de dispositivos além do elevador, incluindo uma estrutura no Centro de Gravidade de Marte (um ponto acima da Terra onde a gravidade é a mesma que em Marte) e um “portão de órbita baixa” a partir do qual se poderá implantar e recuperar satélites



Fonte//Hypescience