domingo, 28 de julho de 2019

Hidrogénio, o combustível do futuro energético limpo e seguro


Agência Internacional de Energia afirma que o hidrogénio é a chave para o futuro energético limpo e seguro. O mundo está perante uma importante oportunidade para aproveitar o grande potencial do hidrogénio para se tornar numa grande parte fundamental de um futuro energético mais sustentável e seguro, defendeu a Agência Internacional de Energia num relatório recente.



Photo EuroNwes


Fatih Birol, diretor executivo da AIE e Hiroshige Seko, ministro da Economia, Comércio e Industria do Japão, deram a conhecer o relatório “O futuro do hidrogénio: aproveitar as oportunidades de hoje”, sendo que atualmente o hidrogénio limpo tem um forte apoio dos governos e das empresas de todo o mundo, estando vários projetos em rápida expansão.


O hidrogénio pode ajudar a enfrentar vários desafios energéticos:

Ajudar a armazenar a produção variável de fontes renováveis como a solar fotovoltaica e a eólica, satisfazendo as necessidades de procura.
Oferece outras formas de acabar com os combustíveis fosseis em vários setores, como o transporte a longas distâncias, produtos químicos, o ferro e o aço, onde dificilmente se conseguem reduzir as emissões de CO2.
Melhorar a qualidade do ar e fortalecer a segurança energética.






 Mas como produzir o hidrogénio?

São vários os combustíveis através dos quais se pode produzir hidrogénio, como energias renováveis, energia nuclear, gás natural, carvão e petróleo.
Este pode ser transportado na forma de gás, através de gasodutos, ou liquefeito em navios, tal como o gás natural liquido.
Pode ainda ser transformado em eletricidade e metano para alimentar a indústria e rações, combustível para carros, camiões, barcos e aviões.

Este desenvolvimento e aposta no hidrogénio deve-se a um impulso sem precedentes, especialmente dos governos que importam e exportam energia, bem como pela indústria das energias renováveis, serviços públicos de eletricidade e gás, fabricantes de automóveis, empresas petrolíferas, principais empresas de tecnologia e grandes cidades.
O mundo não deve perder esta oportunidade de integrar o hidrogénio como parte fundamental do nosso futuro energético limpo e seguro!
Como aproveitar este impulso?
São 7 as recomendações da Agência Internacional da Energia para ajudar os governos, empresas e outros interessados em expandir os seus projetos de hidrogénio por todo o mundo. Essas recomendações incluem 4 áreas onde as ações de hoje podem ajudar a delinear as bases para o crescimento de uma indústria global de hidrogénio limpo nos próximos anos:

Fazer dos portos industriais centros nevrálgicos para ampliar o uso de hidrogénio limpo
Aproveitar as infraestruturas existentes, como as tubagens de gás natural
Expandir o uso de hidrogénio no transporte, nomeadamente automóveis, camiões, autocarros que fazem sempre as mesmas rotas chave
Lançar rotas marítimas internacionais para comercializar hidrogénio.





O futuro dos automóveis não será elétrico mas sim a hidrogénio


 Desafios do hidrogénio

O relatório indica ainda que o hidrogénio enfrenta grandes desafios.
A produção de hidrogénio a partir de energia com baixo teor de CO2 é cara, e o desenvolvimento das infraestruturas de hidrogénio é lenta, o que atrasa a sua adoção global. Sendo que há também limitações regulamentares que limitam esse desenvolvimento da industria do hidrogénio limpo.
Atualmente, o hidrogénio já é usado a uma escala industrial, mas é fornecido praticamente todo com recurso a gás natural e carvão. A sua produção, principalmente por indústrias químicas e refinarias, é responsável pela libertação para a atmosfera de 830 milhões de toneladas de CO2 por ano. Sendo esse valor equivalente às emissões anuais de carbono do Reino Unido e Indonésia juntos.
Produzir hidrogénio mais limpo é um grande desafio, mas também uma grande oportunidade. Uma das abordagens passa por capturar e armazenar ou usar o CO2 libertado da produção de hidrogénio a partir dos combustíveis fosseis. Atualmente há várias fábricas que se dedicam a este processo, e há mais em desenvolvimento, mas para um impacto significativo, há que aumentar o número dessas fábricas exponencialmente!





Outra abordagem passa pelas indústrias assegurarem um maior fornecimento de hidrogénio a partir de eletricidade limpa. Nas últimas duas décadas, tiveram início mais de 200 projetos para converter a eletricidade e água em hidrogénio para reduzir as emissões de CO2 para a atmosfera, provenientes do transporte, uso de gás natural e dos setores industriais, ou para apoiar a integração das energias renováveis no sistema energético.

Outro desafio importante é aumentar o uso de hidrogénio limpo em outros setores, como automóveis, camiões, edifícios de aço e aquecimento. Atualmente há já quase 11200 automóveis movidos a hidrogénio por todo o mundo. Os Governos pretendem aumentar este número para 2,5 milhões até 2030. Para isso os responsáveis políticos devem garantir que haja condições no mercado bem-adaptadas para alcançar esses objetivos tão ambiciosos.

Os recentes êxitos da energia solar fotovoltaica, energia eólica, baterias e veículos elétricos, são prova dada de como as politicas e inovações tecnologias tem poder de construir indústrias globais de energia limpa!

Hidrogénio, vantagens e desvantagens


Fonte//PortalEnergia








Descoberto planeta com três sois a 22.5 anos-luz da Terra


Os astrónomos encontraram um planeta com três sóis, que foi batizado de LTT 1445Ab. Os dados foram recolhidos pela Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) da NASA. O LTT 1445Ab orbita apenas uma das três estrelas, todas anãs vermelhas, já na segunda metade de suas vidas. O sistema está a cerca de 22,5 anos-luz da Terra.


                                            A representação artística da vista da superfície de uma lua de um gigante de gás e três sóis.                                                                                                                                       Photo: © NASA / JPL-Caltech

Nasa divulga video com os exoplanetas descobertos





"Na superfície do planeta, vê-se três sóis no céu, mas dois deles estão bem distantes e têm uma aparência pequena", disse a co-autora Jennifer Winters, astrônoma do Harvard-Smithsonian Center for Astrofísica, disse à New Scientist . "Eles são como dois olhos vermelhos e sinistros no céu.”
A partir dos dados da TESS, os cientistas pensam que o planeta é rochoso, e cerca de um terço maior que a Terra e tem, no máximo, 8 vezes mais massa que o nosso planeta. É muito quente, com a temperatura á superfície, a rondar os 320 graus Fahrenheit (160 graus Celsius), demorando 5 dias a circundar uma estrela do trigémeo.




Os cientistas ainda não caracterizaram a sua atmosfera, mas poderão fazê-lo em breve. Como as estrelas em questão são anãs vermelhas, que estão razoavelmente próximas da Terra, e como o sistema está organizado de modo que o planeta passe entre as estrelas e a Terra, os cientistas podem realmente verificar os gases que cercam o planeta usando os telescópios na terra.
Este é um dos objetivos para que a TESS foi planeada. O instrumento, que está na metade da sua pesquisa inicial de dois anos, procura por planetas localizados em volta de estrelas brilhantes e próximas, os alvos perfeitos para os instrumentos posteriores os analisarem.

Nasa divulga video com os exoplanetas descobertos


Fonte//Space