O objetivo de Paris é oferecer aos visitantes dos Jogos
Olímpicos de Paris, em 2024, um bom começo, disponibilizando táxis aéreos para locais
de torneio direto do aeroporto.
Atualmente, demora cerca de uma hora, de comboio ou
autocarro, a percorrer a distância entre o aeroporto Charles de Gaulle e a
cidade.
Um protótipo do táxi aéreo "CityAirbus" Photo Phys |
Boeing fez voo teste com o seu carro voador
As empresas Aeroports de Paris (ADP), a Airbus e o RATP pretendem
transportar os seus passageiros, logo após a chegada ao aeroporto, num táxi
urbano voador auto pilotado.
As empresas usaram o Paris Air Show da semana passada para
dizer que os Jogos Olímpicos ofereciam a oportunidade perfeita para opera estas
máquinas futuristas de decolagem e aterrissagem vertical (VTOL, na sigla em
inglês) e que lançariam um estudo de viabilidade.
"Em 2010, pela
primeira vez, mais da metade da humanidade vivia em zonas urbanas e achamos que
superaremos 60% até 2030", disse o CEO da Airbus, Guillaume Faury.
"Se tivermos a
convicção de que nos próximos cinco, 10, 15, 20 ou 30 anos a baixa altitude é
um espaço a ser conquistado, temos que colocar em prática as condições atuais",
disse o diretor-geral executivo do ADP Group, Edward Arkwright.
Os aparelhos de VTOL já estão aparecendo, à medida que o
mundo procura ir além, ou melhor, voando por cima das autoestradas congestionadas
e das crescentes preocupações ambientais.
Existe também a possibilidade do comboio de alta velocidade expresso,
projetado para reduzir o congestionamento e o tempo de viagem entre o aeroporto
Charles de Gaulle e o centro da cidade, e poderá sufocar esta opção para os
Jogos Olímpicos de 2024.
Para o fabricante de aviões Airbus, o gerente de aeroportos
ADP e RATP, que administra os serviços de transporte público parisiense, os
Jogos são uma oportunidade de mostrar o savoir-faire francês na mobilidade
urbana.
A ADP tem até o final do ano para escolher um local para um
"Vertiport" capaz de acomodar os táxis aéreos, de um dos 10
aeródromos da região perto de Paris.
A ideia é ter o local pronto em 18 meses, exigindo
investimento em infraestrutura de cerca de dez milhões de euros diz Arkwright.
Ele acrescenta que o projeto testará o percurso "através de um corredor de helicóptero existente".
O Vahana é o protótipo de assento único da Airbus,
totalmente elétrico, para oferecer serviços de mobilidade pessoal em áreas
urbanas. O veículo é apresentado na exposição estática da Airbus no
International Paris Air Show em 18 de junho de 2019 no Aeroporto Le Bourget,
perto de Paris.
A fim de tornar a VTOL uma realidade em 2024, a ADP está
trabalhando com a Airbus, que há alguns anos está envolvida em esquemas de
mobilidade urbana com propulsão elétrica completa.
Táxi aéreo elétrico de cinco lugares fez voo inaugural em Munique
O fabricante já tem
dois modelos de protótipo, o monoposto "Vahana" e a variante de
quatro lugares "CityAirbus". Faury explicou que "os dois projetos convergirão para um veículo
que responderá aos primeiros casos de uso", e que "esta parceria
é uma oportunidade única para desenvolver soluções tecnológicas, um produto, um
marco regulatório, um modelo econômico”
"Este projeto
reduz as restrições não apenas em termos de infraestruturas, mas também em
relação ao tráfego aéreo, pois envolve a experimentação em um corredor
específico (aéreo), sendo um lançamento em larga escala que será
complicado", disse Jean-Louis Rassineux, chefe de questões de aeronáutica
e defesa da Deloitte.
Ainda é necessário desenvolver a autonomia da bateria e a deteção
anti colisão, havendo ainda restrições quanto à compatibilidade e à
regulamentação do tráfego.
Rassineux advertiu que é necessário haver "níveis de segurança tão rigorosos como os do
tráfego aéreo", bem como "valor
real agregado aos sistemas de transporte existentes".
A Deloitte estima que o tamanho do mercado de táxis
aerotransportados seja de cerca de 17 mil milhões de dólares só nos Estados
Unidos até 2040.
No entanto, "ainda
há algum caminho a ser percorrido antes que um veículo voador se integre ao
transporte urbano", alertou a ministra dos transportes da França,
Elisabeth Borne.
Borne, no entanto, vê os movimentos em direção à criação de
um serviço embrionário a tempo para os jogos de 2024 como "uma das etapas
importantes" para "o surgimento de uma oferta de transporte
completa" que seria "integrada e que respeite o meio ambiente".
Aviões eletricos próximos de se tornar realidade
A Uber apresenta o interior do seu táxi voador
Fonte//Phys