O clima está aquecendo rapidamente, os oceanos estão se
tornando perigosamente ácidos, uma sexta extinção está oficialmente em curso, o
nível dos oceanos sobe e há a ameaça da guerra nuclear. Porém, há uma outra
crise de que mal ouvimos falar.
Trata-se da escassez do fósforo, um mineral essencial a
todos os seres vivos, sejam plantas ou animais. Os cientistas dizem que, se o
continuarmos a ignorar poderá trazer uma catástrofe global num futuro próximo.
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O nível do mar já sobe 3,6 mm por ano e tende a aumentar
O fósforo não é um elemento renovável, e não existem
substitutos conhecidos, além de serem muito pouco os locais de onde é extraído.
À medida que o mundo precisa de quantidades cada vez maiores, as quantidades
existentes são cada vez menores.
Os fertilizantes feitos à base deste elemento químico
quintuplicaram nos últimos 50 anos e, com o crescimento da população, a procura
deverá duplicar até 2050.
“Não há colaboração ou
coordenação a uma escala global que assuma a responsabilidade de governar este
recurso, nem mesmo entre os estados-membros da União Europeia ou dos Estados
Unidos”, afirma o ecologista Kasper Reitzel, num relatório publicado, em
Julho, na revista Environmental Science & Technology.
Mantendo-se os níveis atuais de consumo, alguns modelos
indicam que vamos ficar sem reservas de fósforo dentro de 80 anos. Outras
previsões mais otimistas falam em 400 anos, e outras dão-nos menos de 40 anos
para encontrar uma solução para este grave problema.
Há uma opção segura de geoengenharia para reduzir o CO2
A solução poderá passar por reduzir o consumo, mas também
será importante aprender a reciclá-lo, sendo os países em desenvolvimento os
que mais sentirão a falta do fosforo. Os EUA, há 30 anos, eram o principal
produtor mundial de fósforo, e a Índia e a China consomem mais de 45% à escala
mundial.
Durante todo estes anos, as práticas de mineração e consumo não
tiveram progressos. Continua-se a adicionar aos solos misturas químicas
enriquecidas com fosfato, que depois levado pelas águas para o mar. Isto só polui
os oceanos e os cursos de água, como também é insustentável.
Os investigadores dizem que fosfato pode ser reutilizado
aproximadamente 46 vezes como combustível, fertilizante ou alimento, se for
desenvolvido um sistema de reciclagem num ciclo fechado.
A energia nuclear pode travar o aquecimento global
Fonte//ScienceAlert