quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O álcool altera nosso DNA e faz querer beber ainda mais


O consumo de grandes quantidades de álcool pode causar mudanças no DNA das pessoas, levando-as a ter ainda mais vontade de beber, revela um estudo recente publicado por investigadores da Universidade Rutgers (EUA) no periódico Alcoholism: Clinical & Experimental Research.





De acordo com a ciência, quais curas para a ressaca?


 

Eles analisaram os genes de consumidores moderados de álcool, de consumidores excessivos (os que bebem constantemente) e dos chamados “binge drinkers”, os que bebem uma grande quantidade de álcool num curto espaço de tempo.
A conclusão foi de que os dois últimos grupos, os consumidores excessivos e os “binge drinkers”, tinham dois genes modificados devido á influência do álcool, num processo chamado de metilação.





Nesses grupos de pessoas, as mudanças genéticas causam mudanças no relógio biológico do corpo, no sistema de resposta ao estresse e, o mais grave, na vulnerabilidade ao próprio álcool. As pessoas passam consumir mais bebida quando estão stressadas, criando-se assim um círculo vicioso. Quanto mais álcool se bebe, maior será a necessidade de ingerir a bebida.

“Descobrimos que pessoas que consomem muito álcool podem estar alterando o seu DNA de uma forma que as faz querer beber ainda mais”, "Isso pode ajudar a explicar por que o alcoolismo é um vício tão poderoso. Também pode, um dia, contribuir para novas formas de tratamento ou ajudar a prevenir o alcoolismo”, disse o principal autor do estudo Dipak K. Sarkar “.


As 5 substâncias mais viciantes na Terra



A esperança é de que a pesquisa ajude na criação de testes com bio marcadores (que são indicadores biológicos, baseados por exemplo em algumas proteínas ou em genes modificados) que possam, eventualmente, prever o risco de cada pessoa se tornar um consumidor excessivo de álcool.




Fonte//BBC




Alterações climáticas podem tornar os verões mais tempestuosos


As alterações climáticas estão a mudar a energia na atmosfera, levando a verões mais tempestuosos, mas também a longos períodos quentes e abafados, para as regiões de latitudes médias do Hemisfério Norte, incluindo América do Norte, Europa e Ásia
De acordo com um novo estudo, levado a cabo por cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, Estados Unidos (MIT), o aumento da temperatura global alimenta as tempestades com mais energia, mas que a circulação do ar vai estagnar em regiões do hemisfério norte, incluindo a América do Norte, a Europa e a Ásia.


Photo Noticias do Sinval

As alterações climáticas estão impedindo as plantas de processar o CO2



O aumento da temperatura, principalmente do Ártico, está a redistribuir a energia na atmosfera, colocando mais energia nas tempestades e menos nos ciclones extratropicais de verão, que estão associados a ventos e a frentes que geram chuva.
 Os ciclones extratropicais ventilam o ar e dispersam a poluição, por isso, com ciclones extratropicais mais fracos no verão estamos perante um potencial para dias de qualidade do ar mais pobre nas áreas urbanas”, disse um dos autores do estudo, Charles Gertler, acrescentando que se caminha para verões com tempestades mais destrutivas e com ondas de calor talvez mais longas.




Com os resultados esta terça-feira publicados na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, a publicação oficial da Academia de Ciências dos Estados Unidos, os autores dizem que os ventos associados aos ciclones extratropicais diminuíram devido às alterações climáticas.
Os ciclones extratropicais são grandes sistemas meteorológicos que geram mudanças rápidas de temperatura e de humidade e podem estar associados a nuvens, chuva e vento.
Quanto maiores as diferenças de temperatura entre, por exemplo, o Ártico e o Equador mais forte será um ciclone. Como nas últimas décadas o Ártico aqueceu mais depressa do que o resto da Terra, diminuíram as diferenças de temperatura.

Photo Deposiphotos


Antartida está a perder massa de gelo a ritmo alarmante



Os cientistas investigaram como é que isso afetou a energia disponível na atmosfera e descobriram que desde 1979 que a energia disponível para os ciclones extratropicais diminuiu 6%, enquanto a energia que pode alimentar tempestades menores e mais locais aumentou em 13%.
Os resultados espelham algumas evidências recentes no Hemisfério Norte, sugerindo que os ventos de verão associados a ciclones extratropicais diminuíram com o aquecimento global. Observações da Europa e da Ásia também mostraram um aumento das chuvas assim como das tempestades.


Fonte//Sciencedaily