Os cientistas já tinham proposto o termo “lua-lua” para
descrever luas que podem orbitar outras luas em sistemas solares distantes.
Agora, outra equipa de cientistas deu o nome de “ploonet” para luas de planetas
gigantes que orbitam estrelas. Devido a algumas circunstâncias, estas luas
abandonam as órbitas, tornando-se satélites da estrela hospedeira, ficando com
uma orbita como a de um planeta.
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Impacto gigante causou diferença entre os hemisférios da Lua
Ainda não foram encontrados Ploonets, mas podem produzir
assinaturas que os telescópios poderiam identificar, de acordo com o novo
estudo publicado a 27 de junho no arXiv.
Para o estudo, os cientistas criaram modelos de computador
para testar cenários que poderiam transformar uma lua em órbita num ploonet. Os
astrónomos descobriram que, se uma lua está a circundar um tipo de exoplaneta conhecido
como “Júpiter quente”, um enorme gigante de gás perto de uma estrela, a ligação
gravitacional entre estrela e planeta poderia ser suficientemente poderosa para
arrancar a lua do planeta.
Orbitar uma estrela próxima seria complicado para um pequeno
ploonet. A sua atmosfera poderia evaporar-se e o ploonet perderia parte da sua
massa, criando uma assinatura distinta na luz emitida pela vizinhança da
estrela. Essa é a assinatura que os telescópios podem detetar.
De facto, observações recentes de misteriosas emissões de
luz perto de estrelas quentes distantes poderiam ser explicadas pela aparição e
desaparecimento de ploonets.
Alguns poderiam sustentar as suas órbitas durante centenas
de milhões de anos. Ao acumular material do disco de poeira e gás á volta da
sua estrela, um ploonet poderia até mesmo construir o seu corpo até que
eventualmente tornar-se num pequeno planeta.
No entanto, a existencia da maioria dos ploonets seria
relativamente curta. A maioria dos objetos simulados desapareceu num milhão de
anos, sem nunca tendo chegado a tornar-se num planeta. Em vez disso,
desintegraram-se durante colisões com os seus ex planetas, foram devorados por
estrelas ou foram ejetados da órbita para o espaço.
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A equipa acredita, que os ploonets poderiam explicar vários
fenómenos astronómicos invulgares. A água de uma lua gelada pode evaporar à
medida que escapa da órbita do seu planeta e move-se em direção à sua estrela,
por exemplo, dando ao ploonet uma cauda de cometa. A passagem do tal ploonet
pela da sua estrela pode explicar por que algumas estrelas parecem piscar.
Enquanto isso, um ploonet que eventualmente colidiu com seu
antigo hospedeiro poderia criar detritos que poderiam explicar os estranhos
anéis encontrados em volta de alguns exoplanetas.
A nossa Lua é uma candidata a tornar-se um ploonet, uma vez
que se afasta da Terra quatro centímetros por ano. Por outro lado, se o ritmo
se mantiver constante, o nosso satélite não se soltará da órbita da Terra nos próximos
5 mil milhões de anos.
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Fonte//Futusism/ ScienceNews