Apesar das confusas negociações do Brexit, ou seja, a Grã-Bretanha
deixar a União Europeia, os cidadãos britânicos acreditam que a mudança
climática é uma questão mais importante e deve ser uma prioridade para o
recém-nomeado Primeiro-Ministro Boris Johnson.
71% dos britânicos
concordaram que a mudança climática é mais importante do que a saída do
país da UE no longo prazo, mostrou a pesquisa da ComRes. Seis em cada dez
adultos inquiridos disseram que o governo não estava fazendo o suficiente para
priorizar a crise climática.
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Acordo do governo Britânico para aumentar a energia eólica offshore
O estudo, encomendado pela Christian Aid,
descobriu que as mulheres e jovens eram mais propensos a dizer que a ação sobre
a mudança climática é uma prioridade bem mais importante do que as questões do
Brexit. A tendência também foi mais pronunciada nos moradores do País de Gales
e em East Midlands.
Quase dois terços (61%) dos entrevistados disseram que o
governo conservador liderado por Johnson não está fazendo o suficiente para
priorizar as ações climáticas, apesar da recente definição de uma meta
zero-zero para 2050. As principais preocupações expressas incluem a falta de
políticas para acabar com os combustíveis fosseis nos transportes.
Ao assumir o cargo esta semana, Johnson fez um discurso
inaugural e falou, embora pouco, sobre o ambiente. Ele disse que a Grã-Bretanha
está "liderando o mundo na
tecnologia de baterias que ajudará a reduzir o CO2 e combater as mudanças
climáticas e produzir empregos verdes para a próxima geração".
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O risco de tsunami no Reino Unido é muito mais elevado do que se julga
“Espero que o
primeiro-ministro escute o desafio da maioria do público britânico de fazer
mais para enfrentar essa emergência climática. Precisamos de uma mudança rápida
e radical para reduzir as emissões no Reino Unido e precisamos de uma ação
global para a justiça climática, na qual as comunidades mais vulneráveis
sejam apoiadas ”, disse Taylor.
A pesquisa chegou ao mesmo tempo em que o Reino Unido tenta
resolver sua saída da UE, agora com um novo primeiro-ministro. O Reino Unido
votou para deixar a UE através de um referendo em 2016, tendo o sim vencido com
51,6% dos votos. Desde então, a saída tem se mostrado mais difícil do que
inicialmente esperado.
O Reino Unido deveria deixar a UE em 29 de março de 2019,
dois anos depois de ter iniciado o processo de saída. Mas o acordo de retirada
alcançado entre a UE e o Reino Unido foi rejeitado três vezes pelos deputados
do Reino Unido. Foi concedida uma prorrogação de seis meses até 31 de Outubro.
As consequências provavelmente serão duras. O governo do
Reino Unido perspetivou que, em 15 anos, a economia do país estará entre 4% e
9% menor do que dentro da UE, dependendo do acordo de saída. A Europa é o
mercado de exportação mais importante da Grã-Bretanha e sua maior fonte de
investimento estrangeiro.
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Fonte//Zmescience