Um novo "boletim" do Programa Ártico da
Administração Oceanográfica e Atmosférica Nacional (NOAA) pinta um quadro negro
para o Ártico. De acordo com o Boletim Ártico de 2018, as temperaturas do ar na
superfície do Ártico estão aquecendo duas vezes mais rápido que no resto do
globo, enquanto as populações de renas selvagens e de caribus reduziram 50% nos
últimos 20 anos.
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Novos registros alarmantes são verificados no Ártico regularmente.
As temperaturas do ar de 2014 a 2018 no Ártico foram as mais quentes, desde
1900, de acordo com o relatório. Os últimos 12 anos mostraram um recuo enorme
no gelo do Ártico. E a camada de gelo da Groenlândia está derretendo mais
rápido do que em pelo menos 350 anos.
O relatório anual é o 13º emitido pelo Programa Ártico da
NOAA. Uma das mudanças mais dramáticas no atual Ártico, segundo o relatório, é
a perda do gelo marinho da região. O máximo de gelo marinho no inverno de 2018,
medido em março, foi o segundo mais baixo em 39 anos de registos, ficando atrás
de 2017. Em 1985, os autores do relatório escreveram 16% do gelo mantinha-se de
um inverno para. Hoje, é de apenas 1%. O gelo novo, mais fino, que compõe 99%
do bloco de gelo, é mais propenso a derreter e fluir.
O gelo do mar ligado à costa também está reduzindo,
estendendo-se apenas pela metade da costa na atualidade em comparação com a
década de 1970.
O aquecimento das temperaturas, a perda de gelo marinho e o
declínio a longo prazo da camada de neve em terra causaram o caos para a vida
selvagem do Ártico. As renas selvagens e os caribus, estão em declínio desde os
anos 90. Onde havia cerca 4,7 milhões de animais, existem agora 2,1 milhões.
O clima é responsável por grande parte do declínio. Verões
mais longos e mais quentes significam mais parasitas e estresse de calor para
os animais de pasto adaptados ao inverno.
Enquanto isso, a proliferação de algas tóxicas causada pelo
aquecimento das águas representa uma nova ameaça à vida marinha no Ártico.
Toxinas dessas algas foram encontradas em animais doentes ou mortos, desde aves
marinhas a focas e baleias.
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- “O contínuo aquecimento da atmosfera do Ártico e do oceano está causando uma ampla mudança no sistema ambiental de formas previstas e também inesperadas. Novas e rápidas ameaças emergentes estão aparecendo e aumentando o nível de incerteza na amplitude das mudanças ambientais que estão por vir ", concluíram os autores do relatório.
Fonte// LiveScience