quinta-feira, 14 de março de 2019

Novo sistema retira água da humidade atmosférica recorrendo á energia solar



O acesso a água potável continua sendo um dos maiores desafios da humanidade. Um grupo de engenheiros da Universidade do Texas, em Austin, está desenvolvendo um sistema que pode ser uma nova solução tecnológica, utilizando energia solar para absorver a humidade do ar e transformando-a em água potável.


Photo Blogingles



O dispositivo, descrito numa edição recente da revista Advanced Materials, pode ser usado em situações de desastre, crise de falta água ou áreas de pobreza, países em desenvolvimento ou seja onde a água escasseia. A tecnologia depende de hidrogéis, materiais híbridos de gel-polímero projetados para serem "super esponjas" que podem reter grandes quantidades de água.



A equipa de pesquisa liderada por Guihua Yu na Escola Cockrell de Engenharia da UT Austin combinou hidrogéis que são altamente absorventes de água e podem libertar a água quando aquecidos. Esta combinação única foi comprovada com sucesso para trabalhar em condições climáticas húmidas e secas e é crucial para permitir a produção de água potável limpa e segura captada do ar.
 Com uma estimativa de 50.000 quilômetros cúbicos de água dissolvida na atmosfera, este novo sistema poderia explorar essas reservas e potencialmente levar a sistemas de filtragem pequenos, baratos e portáteis.
 "Desenvolvemos um sistema completamente passivo, onde tudo só precisa deixar o hidrogel do lado de fora e recolher a água", disse Fei Zhao, pesquisador de pós-doutorado da equipe de Yu e coautor do estudo. "A água recolhida permanecerá armazenada no hidrogel até que seja exposta à luz solar, onde, após cerca de cinco minutos a água liberta-se."



Recolher água da humidade do ar não é exatamente uma novidade. A maioria dos sistemas de refrigeração consegue baixar as temperaturas através de um processo de condensação de vapor. No entanto, o frigorífico comum consome muita energia para realizar essa ação. O sistema com a tecnologia da equipe UT usa apenas energia solar, é compacto e ainda pode produzir água suficiente para atender às necessidades diárias de uma família média. Testes do protótipo mostraram produção diária de água de até 50 litros por quilograma de hidrogel.




Uma nova estratégia para melhorar as técnicas de captação de água atmosférica atualmente em uso, a tecnologia também poderia substituir os principais componentes dos sistemas existentes de purificação de água movidos a energia solar ou outras tecnologias de absorção de humidade.

 Fonte//Phys




As três grandes ameaças ao futuro da internet, segundo o criador da World Wide Web


O criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee, diz ser necessária uma ação global para evitar "o mergulho (da internet) rumo a um futuro disfuncional". Em entrevista exclusiva à BBC, Berners-Lee falou sobre os 30 anos que se passaram desde que ele apresentou a proposta para criar a world wide web em 1989.


Photo GettyImages

7 funções do Google que provalvelmente não conhece



A world wide web é a estrutura que permitiu que as pessoas pudessem desfrutar do conteúdo transferido pela internet. Hoje, os termos web e internet são vistos praticamente como sinônimos.
O escândalo envolvendo a empresa britânica Cambridge Analytica, acusada de usar, para fins políticos, informações privadas de 87 milhões de utilizadores do Facebook, fez com que as pessoas percebessem de forma mais clara como os dados dos milhares de utilizadores podem ser manipulados.
Segundo o criador da internet, é possível encontrar soluções para combater violações de dados, hacking e fake news.
Numa carta aberta divulgada na segunda-feira, Berners-Lee reconheceu que muitas pessoas duvidam que a web possa ser usada para serviço do bem.




Ele mesmo reconhece estar apreensivo com o futuro da internet. "Estou muito preocupado com a proliferação de desinformação e sordidez", disse ele à BBC.
Mas ele reconhece que as pessoas estão começando a entender melhor os riscos que correm ao serem utilizadores da internet.
"Quando o escândalo da Cambridge Analytica veio à tona, as pessoas perceberam que as eleições foram manipuladas com dados que elas forneceram", afirmou na entrevista.
Berners-Lee diz ainda que nos últimos anos tem sentido que cada vez mais os princípios de uma rede aberta precisam ser salvaguardados. Na carta assinada por ele, estão listadas três áreas específicas de "disfunção" que, segundo o criador da internet, estão prejudicando a web hoje:

- Atividades maliciosas, como hacking e assédio
- Projetos de design duvidoso, como modelos de negócios que recompensam cliques
- Consequências não intencionais, como discussões agressivas ou polarizadas


Photo GettyImages

Como combater os 'crapwares', apps pré-instalados que roubam dados e espaço no seu smartphone



São problemas que poderiam ser, em parte, combatidos com novas legislações e sistemas que limitem o mau comportamento online. Berners-Lee cita, como exemplo, iniciativas como o projeto Contract for the Web (Contrato para a Rede) que ele ajudou a lançar no ano passado.
Mas iniciativas como essas exigem contribuição de toda a sociedade, de usuários a líderes políticos e empresários.
'Reparar' os problemas da internet exige a contribuição de toda a sociedade, diz o criador da rede
"É necessário que os governos defendam a rede aberta, funcionários públicos e autoridades eleitas que tomem providências quando os interesses do setor privado ameaçarem o bem público e se insurjam para proteger a internet aberta", escreveu Berners-Lee na carta.
Durante a entrevista que concedeu à BBC, ele sorriu quando lembrou da forma como apresentou sua proposta para a web há 30 anos, que foi descrita pelo chefe de Bernes-Lee como "vaga, mas instigante".







Mas nos últimos anos, entretanto, ele aprercebeu-se que não bastava apenas fazer campanha por uma rede aberta e deixar as pessoas cuidando de seus próprios interesses.
O humor de Tim Berners-Lee mudou quando lhe perguntaram sobre o que aconteceu desde que apresentou sua proposta para a web há 30 anos.
Berners-Lee tem um plano. O Contract for the Web visa voltar a por a internet  no caminho certo, mas depende da vontade de governos e empresas para evitar abusos e também da população, que precisa fazer mais pressão para as coisas mudarem.


Photo StandartDigital

Nova ferramenta online permite controlar vida alienígena



Na entrevista, a última pergunta foi se, de forma geral, o impacto da internet tem sido bom. Em vez de dar uma resposta otimista, o criador da rede gesticulou indicando primeiro uma curva ascendente e, em seguida, uma curva para baixo. Ele diz que depois de bons 15 anos, as coisas pioraram e que chegou a hora de uma "correção".
A invenção cresceu mas agora está como um “adolescente problemático”, e  Berners-Lee tem como missão pessoal colocar a internet de volta no rumo certo.
Há três áreas específicas de que, segundo o criador da internet, prejudicam a web






A visão de Berners-Lee é "ao mesmo tempo utópica e realista", disse Jonathan Zittrain, autor do livro The Future of the Internet, and How to Stop It (O Futuro da Internet - E Como Impedi-lo), ainda sem tradução em português.
O criador da rede acredita na ideia de que uma internet livre e aberta capacitaria seus utilizadores, em vez de reduzi-los a meros consumidores, diz Zittrain.
"Eu vejo a carta de Tim não apenas como um apelo para construir uma internet melhor, mas para nos dedicarmos aos princípios centrais que ela incorpora", disse Zittrain à BBC.
Esses princípios, disse ele, incluem universalidade de acesso e transparência, a capacidade de ver e entender como a internet e suas aplicações funcionam.



Namoro online, mulheres atingem o auge aos 18 e homens aos 50

As 15 previsões de Bill Gates que se tornaram realidade

Há suspeita de que o Facebook escuta os seus utilizadores usando o aplicativo




Fonte//BBC