quarta-feira, 10 de julho de 2019

Marinheiros russos mortos no submarino nuclear podem ter evitado uma catástrofe

No início do mês de julho um submarino russo incendiou-se durante uma missão de reconhecimento perto do Ártico, tendo morrido 14 marinheiros. O governo russo, porém, manteve o acidente em segredo durante dois dias e nunca esclareceu muito bem o que aconteceu, para proteger as missões da marinha russa.

Photo GettyImages

Atingido o ponto mais profundo do Oceano Atlântico



Várias fontes especulam que a embarcação era um AS-12 Losharik, um submarino nuclear projetado para cortar cabos submarinos de internet no fundo dos oceanos. O submarino já estava em uso desde 2013, mas o governo russo nunca confirmou se essa era a sua função.
De acordo com o Bloomberg, Segei Pavlov, um capitão da marinha, fez uma declaração bastante assustadora e mal explicada no funeral dos marinheiros que aconteceu no último sábado, onde afirmou que os marinheiros haviam sido heróis: “eles salvaram os companheiros com as próprias vidas, salvaram o navio e impediram uma catástrofe de escala planetária”.






Ele não esclareceu se estava se referindo á potencial fuga de radiação causada pelo incêndio ou se os marinheiros evitaram outro tipo de situação catastrófica. As autoridades norueguesas anunciaram que fizeram medições de radiação na região do acidente e não detetaram índices de radiação anormal.
O incêndio começou no compartimento das baterias do submarino, afirmou o Ministro de Defesa Sergei Shoigu. “O reator nuclear da embarcação está completamente isolado. Todas as medidas necessárias foram tomadas pelos marinheiros para proteger o reator, que não sofreu quaisquer danos e encontra-se pronto a funcionar”.


A imprensa russa anunciou que esse submarino é utilizado em operações a grande profundidade, onde os submarinos vulgares não conseguem operar.
Toda essa demora do governo russo em dar informações sobre o acidente faz recordar o acontecimento com submarino nuclear Kursk que, no ano de 2000 vitimou 118 marinheiros. Na altura, como foi largamente noticiado, o governo russo não permitiu a ajuda de nenhum outro país para tentar salvar a vida dessas pessoas. 


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Fonte//TheMoscowTimes