segunda-feira, 24 de junho de 2019

Paris quer tráfego nos Jogos Olímpicos com táxis voadores


O objetivo de Paris é oferecer aos visitantes dos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, um bom começo, disponibilizando táxis aéreos para locais de torneio direto do aeroporto.
Atualmente, demora cerca de uma hora, de comboio ou autocarro, a percorrer a distância entre o aeroporto Charles de Gaulle e a cidade.


Um protótipo do táxi aéreo "CityAirbus" Photo Phys

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As empresas Aeroports de Paris (ADP), a Airbus e o RATP pretendem transportar os seus passageiros, logo após a chegada ao aeroporto, num táxi urbano voador auto pilotado.
As empresas usaram o Paris Air Show da semana passada para dizer que os Jogos Olímpicos ofereciam a oportunidade perfeita para opera estas máquinas futuristas de decolagem e aterrissagem vertical (VTOL, na sigla em inglês) e que lançariam um estudo de viabilidade.
"Em 2010, pela primeira vez, mais da metade da humanidade vivia em zonas urbanas e achamos que superaremos 60% até 2030", disse o CEO da Airbus, Guillaume Faury.
"Se tivermos a convicção de que nos próximos cinco, 10, 15, 20 ou 30 anos a baixa altitude é um espaço a ser conquistado, temos que colocar em prática as condições atuais", disse o diretor-geral executivo do ADP Group, Edward Arkwright.

Os aparelhos de VTOL já estão aparecendo, à medida que o mundo procura ir além, ou melhor, voando por cima das autoestradas congestionadas e das crescentes preocupações ambientais.
Existe também a possibilidade do comboio de alta velocidade expresso, projetado para reduzir o congestionamento e o tempo de viagem entre o aeroporto Charles de Gaulle e o centro da cidade, e poderá sufocar esta opção para os Jogos Olímpicos de 2024.
Para o fabricante de aviões Airbus, o gerente de aeroportos ADP e RATP, que administra os serviços de transporte público parisiense, os Jogos são uma oportunidade de mostrar o savoir-faire francês na mobilidade urbana.





A ADP tem até o final do ano para escolher um local para um "Vertiport" capaz de acomodar os táxis aéreos, de um dos 10 aeródromos da região perto de Paris.
A ideia é ter o local pronto em 18 meses, exigindo investimento em infraestrutura de cerca de dez milhões de euros diz Arkwright. Ele acrescenta que o projeto testará o percurso "através de um corredor de helicóptero existente".
O Vahana é o protótipo de assento único da Airbus, totalmente elétrico, para oferecer serviços de mobilidade pessoal em áreas urbanas. O veículo é apresentado na exposição estática da Airbus no International Paris Air Show em 18 de junho de 2019 no Aeroporto Le Bourget, perto de Paris.
A fim de tornar a VTOL uma realidade em 2024, a ADP está trabalhando com a Airbus, que há alguns anos está envolvida em esquemas de mobilidade urbana com propulsão elétrica completa.


 
O Vahana é o protótipo de assento único da Airbus, totalmente elétrico Photo Phys

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 O fabricante já tem dois modelos de protótipo, o monoposto "Vahana" e a variante de quatro lugares "CityAirbus". Faury explicou que "os dois projetos convergirão para um veículo que responderá aos primeiros casos de uso", e que "esta parceria é uma oportunidade única para desenvolver soluções tecnológicas, um produto, um marco regulatório, um modelo econômico”
"Este projeto reduz as restrições não apenas em termos de infraestruturas, mas também em relação ao tráfego aéreo, pois envolve a experimentação em um corredor específico (aéreo), sendo um lançamento em larga escala que será complicado", disse Jean-Louis Rassineux, chefe de questões de aeronáutica e defesa da Deloitte.
Ainda é necessário desenvolver a autonomia da bateria e a deteção anti colisão, havendo ainda restrições quanto à compatibilidade e à regulamentação do tráfego.






Rassineux advertiu que é necessário haver "níveis de segurança tão rigorosos como os do tráfego aéreo", bem como "valor real agregado aos sistemas de transporte existentes".
A Deloitte estima que o tamanho do mercado de táxis aerotransportados seja de cerca de 17 mil milhões de dólares só nos Estados Unidos até 2040.
No entanto, "ainda há algum caminho a ser percorrido antes que um veículo voador se integre ao transporte urbano", alertou a ministra dos transportes da França, Elisabeth Borne.
Borne, no entanto, vê os movimentos em direção à criação de um serviço embrionário a tempo para os jogos de 2024 como "uma das etapas importantes" para "o surgimento de uma oferta de transporte completa" que seria "integrada e que respeite o meio ambiente".

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Fonte//Phys







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