Uma equipe científica internacional anunciou nesta
quarta-feira um marco na astrofísica. A primeira foto de um buraco negro feita
através de uma rede global de telescópios.
A imagem mostra na verdade a “silhueta” do buraco negro no
centro de Messier 87, uma enorme galáxia que fica no Aglomerado de Virgem, a
cerca de 54 milhões de anos-luz da Terra.
A pesquisa foi conduzida pelo projeto Event Horizon
Telescope, uma colaboração iniciada em 2012 para tentar observar diretamente o
ambiente a volta de um buraco negro..
“Este é um grande dia
para a astrofísica”, disse a diretora da Fundação Nacional de Ciência dos
EUA, France Córdova. “Estamos vendo o
invisível”.“Conseguimos algo que se pensava impossível há apenas uma geração”,
completou o astrofísico Sheperd Doeleman, diretor do EHT.
Embora sejam fenomenalmente densos, buracos negros são
extraordinariamente difíceis de observar. Esses objetos celestes possuem campos
gravitacionais tão fortes que nem a luz pode escapar.
O “ponto de não retorno” além do qual qualquer coisa,
estrelas, planetas, gás, poeira e todas as formas de radiação eletromagnética,
é engolida para sempre é chamado de horizonte de eventos de um buraco negro.
Na borda desse horizonte, fica um anel de matéria e radiação
circulando a uma velocidade tremenda. Esse anel circunda a região de completa
escuridão que é o verdadeiro buraco negro, e representa a “sombra” ou
“silhueta” do objeto.
Photo Eso/M |
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Para ver e fotografar a silhueta do buraco negro de Messier
87, os inestigadores juntaram dados vindos de telescópios nos EUA, México,
Chile, Espanha, Antártica, França e Groenlândia, a fim de formar um “prato
observacional” do tamanho de um planeta.
De acordo com o astrofísico Dimitrios Psaltis, da
Universidade do Arizona (EUA), o tamanho e a forma da sombra correspondem às
previsões precisas da teoria geral da relatividade de Einstein, o que aumenta a
confiança dos cientistas nesta hipótese apresentada em 1915 pelo famoso físico
para explicar as leis da gravidade e sua relação a outras forças naturais.
“Fotografar um buraco
negro é apenas o começo de nosso esforço para desenvolver novas ferramentas que
nos permitam interpretar os dados massivamente complexos que a natureza nos dá”,
acrescentou Psaltis.
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Fonte//ScienceAlert
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