Uma equipa de astrónomos detetou um planeta orbitando a
estrela Próxima Centauri, localizada a apenas 4,2 anos-luz do Sistema Solar e
que tem potenciais condições de suporte à vida sendo o mundo mais próximo da
Terra, o “Próxima b”.
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“É apenas um candidato. É muito importante sublinhar”, disse Mario Damasso, da Universidade de Turim, em Itália, durante uma apresentação na conferência Breakthrough Disc na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, citado pela agência Europa Press.
Damasso e a sua equipa analisaram as observações de Próxima
Centauri captadas pelo HARPS (High Precision Radial Velocity Planet Searcher),
instrumento que foi instalado num telescópio do Observatório La Silla do European
Southern Observatory (ESO), no Chile, que acompanha e regista os pequenos
movimentos estelares induzidos pela atração gravitacional dos planetas em
órbita.
Os dados deste instrumento ajudaram a descobrir o exoplaneta
“Próxima b” (o mais próximo do Sistema Solar), entre muitos outros mundos fora
do sistema solar.
O “Próxima b” orbita a zona habitável da anã vermelha
Próxima Centauri a uma distância orbital onde pode existir água líquida na
superfície de um planeta. Contudo, não é ainda certo que o exoplaneta possa
abrigar vida como a Terra. Tal como os cientistas explicam, é possivel que o
exoplaneta esteja bloqueado pela sua estrela, tendo, por isso um lado muito
quente e um outro lado noturno gelado. Além disso, as explosões na sua estrela
podem ter-lhe retirado a sua atmosfera há muito tempo.
A discussão sobre a habitabilidade não será, à partida,
arrastada para a confirmação do novo planeta (o potencial “Próxima c”), caso
esta venha a acontecer. O mundo “vizinho” tem uma massa mínima aproximada de
cerca de seis vezes a da Terra e orbita a 1,5 unidades astronómicas da Próxima
Centauri e, por isso, será provavelmente muito frio.
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Tal como relata o portal Space.com, esta distância orbital
também faz com que seja mais difícil detetar o Próxima c, uma vez que a atração
do planeta na estrela é muito fraca.
A equipa acredita na deteção do novo planeta, mas sublinha
que os dados são ainda preliminares. Além disso, o documento foi enviado para a
revisão de pares e posterior publicação, não tendo, até ao momento, sido aceite
para publicação.
Os cientistas disseram que a confirmação pode ser feita
através de observações adicionais do HARPS, outros instrumentos semelhantes, ou
até pelas medições feitas pela missão espacial europeia Gaia que produz mapas
estelares. Se o Próxima c for realmente verdadeiro, o Gaia poderá ser capaz de
o detetar.
E se o planeta for real, poderão abrir-se múltiplas
oportunidades. Os telescópios espaciais poderão, muito em breve, fotografar
este mundo exótico. “Potencialmente, este
é um laboratório espetacular para imagens diretas”, disse Del Sordo, que
participou na investigação e na apresentação dos seus resultados.
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Fonte//ScienceAlert
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