quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O risco de tsunami no Reino Unido é muito mais elevado do que se julga

Há cerca de oito mil anos ocorreu um enorme deslizamento submarino na costa da Noruega, que gerou um gigantesco tsunami de 20 metros de altura que atingiu as ilhas Shetland, no Reino Unido. Esse deslizamento foi nomeado de Storegga Slide

Os cientistas pensavam que esse tsunami destruidor, que também atingiu a Escócia, a Noruega e a Groenlândia ,era tao raro que tinha a probabilidade de acontecer de dez mil em dez mil anos  ate que foram descoberto factos que mudam tudo.

Uma nova pesquisa descobriu evidências de que o Reino Unido tem sido atingido por tsunami  muito mais frequentemente do que se imaginava, com a descoberta  de vestígios de dois tsunami, ate agora completamente desconhecidos, que atingiram as Shetland milhares de anos após o Storegga Slide.

"Encontramos areias com idades entre 5.000 e 1.500 anos em vários locais nas  Shetland, até 13 metros  acima do nível do mar", diz a geógrafa física Sue Dawson, da Universidade de Dundee, na Escócia.

"Esses depósitos têm um caráter sedimentar semelhante ao do evento Storegga e podem, portanto, estar ligados a uma inundação provocada por um tsunami."

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Embora esses tsunami recém-descobertos nos possam parecer distantes, ocorrências  muito parecidas com o Storegga Slide são até mais comuns e, significa que esses tsunami gigantescas são mais comuns no Reino Unido do que pensávamos.

Contabilizados os novos acontecimentos, triplicou o número de tsunamis conhecidos registrados no Reino Unido nos últimos 10.000 anos ,o que sugere que a ameaça de tsunamis nas costas britânicas, embora raros, é significativamente maior do que o previsto. .

Dave Tappin,  um dos cientistas do British Geological Survey  explicava “Eles são muito mais frequentes do que se pensava e,  1.500 anos e consideravelmente recente e muito mais á um de há 500 , Isso significa que o perigo - o risco - é muito mais sério do que pensávamos anteriormente

Calcular a extensão desse risco é agora o objetivo da equipa.


Usando uma máquina de tomografia computadorizada, os cientistas estão analisando detritos e areia transportados por esses tsunamis antigos e lançados em locais como nos lagos de Basta Voe e Dury Voe, nas ilhas Shetland, conseguindo assim uma perspetiva a 3D.

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Este é um detalhe indicará em qual direção para onde a onda se deslocava, identificará os elementos presentes na areia e muito mais. Esta será a primeira vez que tal nível de detalhe será conseguido desses tsunami pré-históricos.

Além de investigar essas areias, esta pesquisa faz parte de um projeto dedicado a entender como deslizamentos de terra subaquáticos criam tsunami.

Usando modelos teóricos, o objetivo é reproduzir os tsunami de á 1.500 e 5.000 anos, simulando deslizamentos de submarinos, juntamente com um modelo de elevação digital das ilhas Shetland, e ver até onde as ondas chegam.

Acredita-se que os deslizamentos submarinos sejam desencadeados por terremotos, mas os cientistas ainda estão estudar como acontecem.

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O que está claro é que esses fenômenos podem induzir mudanças estruturais maciças na paisagem submarina.

No que diz respeito ao de Storegga Slide , o colapso foi de cerca de 290 da plataforma costeira, deslocando um volume de rocha equivalente à área da Islândia a uma profundidade de 34 metros .

O que mais assusta é que estes fenómenos podem ocorrer em qualquer lugar do oceano, e nem exigem um leito oceânico inclinado para que estes deslizamentos aconteçam.

Fonte//SienceAlert

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