segunda-feira, 1 de abril de 2019

Empresa mexicana fabrica biocombustível a partir de cactáceas

O cato "pera espinhosa" ou "Opuntia", cresce a uma altura entre cinco e sete metros e pode medir um metro de diâmetro. É também muito comum e, embora seja usado na culinária não é particularmente apetitoso nem nutritivo. Mas a pera espinhosa, conhecida como nopal no México, pode ser a chave para abrir uma nova e sustentável fonte de biocombustível.


Photo Pixabay


Rogelio Sosa López, é um agricultor de Zitácuaro, no México e como muitos agricultores, ele está sempre á procura de encontrar novas maneiras de reduzir os custos operacionais. Juntamente com um colega, Antonio Rodríguez, o senhor López começou a usar a polpa de nopal e a fermentá-la para produzir biocombustível, ajudando assim a reduzir seus custos com o combustível.
Depois de picado e reduzido a purê, a polpa é misturada com estrume, e a mistura fermenta e produz metano e água. Estes dois amigos formaram então a Nopalimex , empresa vocacionada  na produção de fontes de energia verde.






O biogás produzido por esta empresa tem alimentado máquinas agrícolas desde 2016 e agora a Nopalimex fornece combustível ás autoridades da cidade de Zitácuaro que usam nos veículos oficiais, a.um custo de apenas US $ 0,65 (ou 12 pesos) por litro, cerca de um terço mais barato que a gasolina ou o diesel.


O trigo, a cana-de-açúcar e a soja estão entre as culturas mais cultivadas para a produção de biocombustível. Cerca de 80% da produção mundial de soja, é cultivada nos EUA, no Brasil e na Argentina. Nos EUA, a produção de soja equivale a uma área de 34,4 milhões de hectares gerando 108 milhões de toneladas por ano. A soja é usada numa enorme variedade de alimentos, como por exemplo o tofu, o molho de soja e substitutos de carne. É também extremamente importante para a alimentação do gado e na produção de biocombustíveis que está em crescimento.




Mas a criação de espaço para as plantações de soja resultaram na desflorestação, na perda de habitats de espécies ameaçadas de extinção e na rutura catastrófica do modo de vida dos povos indígenas. Nos últimos 11 anos, uma área de terra equivalente em tamanho ao País de Gales foi desflorestada para a produção de soja na área do Cerrado no Brasil central.
Os outros produtos se são usados ​​na produção de alimentos e bebidas, não podem usados para produção de combustível em escala industrial. Assim, o aumento da procura pela Opuntia na produção de combustível não terá influência nos preços dos alimentos. Alem disso, podem ser cultivados em terrenos pobres, o que significa que não ocupam os terrenos e recursos utilizados para a produção de alimentos.






Alem disso, este fabuloso cato, está sendo usado como uma potencial alternativa ao plástico. A cientista pesquisadora Sandra Pascoe, da Universidade do Vale de Atemajac, no México, usou a seiva do nopal como base para um novo material plástico biodegradável. Esta seiva contém monossacarídeos e polissacarídeos, que combinados com glicerol, ceras naturais e proteínas pode criar um líquido que se transforma em folhas plásticas.
Ao contrário do plástico comum, este plástico biodegradável decompõe-se naturalmente quando enterrada, o que poderia ajudar na luta contra a poluição plástica


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Fonte//Weforum


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