quinta-feira, 2 de maio de 2019

O que torna um planeta habitável


Quais das características, que na Terra, foram necessárias para a origem da vida? E como os cientistas identificam esses recursos em outros mundos?
Uma equipa de investigadores dos mais variados ramos variando entre a geoquímica a ciência planetária e astronomia publicou nesta semana um ensaio na Science pedindo à comunidade de investigadores que reconheça a importância vital da dinâmica interior de um planeta na criação de um ambiente hospitaleiro para a vida.


Photo Pixabay

A descoberta de vida extraterrestre parece iminente



Com a atual capacidade de observação astronómica, observar a composição atmosférica de um exo planeta é a primeira maneira de procurar vestígios de vida. No entanto, Anat Shahar de Carnegie, Peter Driscoll, Alycia Weinberger e George Cody argumentam que um quadro verdadeiro da habitabilidade planetária deve considerar como a atmosfera de um planeta está ligada e moldada pelo que acontece na superfície do mesmo.
Por exemplo, na Terra, as placas tectônicas são cruciais para manter as condições de superfície onde a vida pode prosperar. Além do mais, sem o ciclo de troca de material entre superfície e interior, a convecção que impulsiona o campo magnético da Terra não seria possível e sem esse campo magnético, seríamos bombardeados pela radiação cósmica.






"Precisamos entender melhor como a composição e o interior de um planeta influenciam sua habitabilidade, começando pela Terra", disse Shahar. "Isso pode ser usado para encaminhar a busca por exo planetas e sistemas estelares onde a vida pode evoluir, vestígios que poderiam ser detetados pelos telescópios."
Os planetas nascem de um anel rotativo de poeira e gás que envolve uma jovem estrela. Os blocos de construção elementares dos quais os planetas rochosos se formam, silício, magnésio, oxigênio, carbono, ferro e hidrogênio, são universais. Mas a quantidade, o aquecimento e arrefecimento a que estão sujeitos no inico da sua formação afetarão sua química interior e, por sua vez, influenciarão o volume dos oceanos e composição atmosférica.


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"Uma das grandes questões que precisamos saber é, se as características geológicas e dinâmicas que tornam nosso planeta habitável podem ser produzidas em planetas com diferentes composições", explicou Driscoll.
Os colegas de Carnegie afirmam que a busca por vida extraterrestre deve se guiar por uma abordagem interdisciplinar que combina observações astronômicas, experiencias de laboratório de condições interiores planetárias, modelagem matemática e simulações.
"Os cientistas da Carnegie são líderes mundiais há muito estabelecidos nos campos da geoquímica, geofísica, ciência planetária, astrobiologia e astronomia", disse Weinberger. "A nossa instituição está perfeitamente posicionada para enfrentar esse desafio interdisciplinar."



Na próxima década, com a nova geração de telescópios, os cientistas começarão a procurar seriamente por bio assinaturas nas atmosferas de exo planetas rochosos. Essas observações devem ser colocadas no contexto de uma compreensão mais ampla de como a composição total e a geoquímica interior de um planeta determinam a evolução de uma superfície estável e temperada onde a vida talvez possa surgir e evoluir.

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Fonte//Phys




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