Uma nova pesquisa americana concluiu que quase todos os suplementos
dietéticos, vitamínicos ou minerais não são benéficos para a saúde, não trazendo
uma maior expectativa de vida nem um menor risco de doenças cardíacas.Os investigadores analisaram os resultados de 277 ensaios
clínicos utilizando 24 tipos de intervenções diferentes que testaram 16
vitaminas ou outros suplementos, bem como oito dietas, associando-as com a mortalidade
e com doenças cardíacas e derrames. No total, foram examinados os dados de
992.129 indivíduos.
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Os suplementos visados foram, antioxidantes, β-caroteno,
vitaminas do complexo B, multivitaminas, selênio, vitamina A, vitamina
B3/niacina, vitamina B6, vitamina C, vitamina E, vitamina D, cálcio, cálcio e
vitamina D juntos, ácido fólico, ferro e ácido graxo ômega-3 (também conhecido
como óleo de peixe).
As dietas visadas foram, dieta mediterrânea, dieta baixa em
gordura saturada, dieta baixa em gordura saturada ou com substituição de calorias
por gorduras ou hidratos de carbono mais insaturados, dieta pobre em gorduras,
dieta pobre em sal (em pessoas saudáveis e com hipertensão), dieta rica em
ácido alfa linolênico (nozes, sementes e óleos vegetais), e dieta rica em
ácidos graxos ômega-6 (nozes, sementes e óleos vegetais).
No geral, os cientistas descobriram que os suplementos não
faziam mal, mas também não tinham quase nenhum benefício para saúde.
Houve uma possível vantagem de saúde relacionada com a dieta
de pouco sal, com menos 10% de risco de morte em pessoas saudáveis, e menos 33%
de risco para pessoas com hipertensão.
Algo semelhante ocorreu com os estudos sobre suplementos de
ácidos graxos ômega-3,com uma redução de 8% no risco de ataque cardíaco e 7%
doenças coronárias.
Estudos feitos na China com suplementos de ácido fólico
foram ligados a um risco 20% de derrame, mas os resultados podem não ser tão
relevantes em países que já consomem alimentos enriquecidos com ácido fólico,
como os cereais comercializados nos EUA.
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Além disso, os investigadores descobriram que suplementos
combinados de cálcio e vitamina D podem estar ligados a um risco ligeiramente
maior de derrame, 17%. Quando tomados isoladamente, os suplementos não parecem
causar esse risco.
O estudo nutricional revela algo que a indústria de biliões
de dólares dos suplementos não quer que se veja.
“Esta análise tem uma
mensagem simples. Embora possa haver alguma evidência de que algumas
intervenções têm impacto na morte e na saúde cardiovascular, a grande maioria
das polivitaminas, minerais e diferentes tipos de dietas não tem efeito
mensurável na sobrevivência ou redução do risco de doença cardiovascular”,
resumiu o principal autor do estudo, Safi U. Khan, professor de medicina da
Universidade de West Virginia (EUA).
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Fonte//ScienceDaily // Annals of Internal Medicine
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