As autoridades de saúde dos Estados Unidos informaram que
estão a investigar a possibilidade de os cigarros eletrónicos provocarem
convulsões, após 35 casos relatados envolvendo especialmente jovens.
A Food and Drug Administration (FDA), agência federal da
área da saúde e segurança alimentar, divulgou na quarta-feira que está a
analisar 35 casos de convulsões entre utilizadores de cigarros eletrónicos,
especialmente de jovens.
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A entidade informou que ainda não está esclarecido se os
cigarros eletrónicos estão ou não na origem das convulsões, e pede que a
população informe qualquer situação que venha a acontecer. A maioria dos
cigarros eletrónicos funciona com o aquecimento de liquido aromatizado que é
vaporizado e que contém nicotina.
O envenenamento por nicotina pode causar convulsões, vómitos
e danos cerebrais. A FDA já tinha alertado para o envenenamento por nicotina em
crianças que acidentalmente tinham ingerido as soluções usadas para os cigarros
eletrónicos.
Quase 30 milhões de europeus usaram cigarros eletrónicos em
2012, sendo a maioria com idades entre 15 e 24 anos. Estes fumavam tabaco
tradicional regularmente e já tinham tentado deixar o vício. Contudo, a
investigação não conseguiu determinar com que frequência se fuma os cigarros
eletrónicos nem durante quanto tempo o fez quem os experimentou nos 12 meses
que foram analisados.
Em 2014, recorreram aos cigarros eletrónicos mais de 20% dos
atuais fumadores europeus, 4,7% dos ex-fumadores e 1,2% dos que nunca fumaram
tabaco. Entre os fumadores, o cigarro eletrónico é mais utilizado por jovens
entre os 15 e os 24 anos e entre os que têm hábitos tabágicos mais frequentes.
A Organização Mundial de Saúde recomendou, a proibição da
venda de cigarros eletrónicos a menores de idade, por considerar que o consumo
acarreta “ameaças graves” para os adolescentes e fetos. Os peritos aconselharam
também proibir o uso de cigarros eletrónicos em espaços públicos fechados.
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“As provas mostram” que os cigarros eletrónicos “não são apenas simples vapor de água“, como argumentam frequentemente os fabricantes e o seu
consumo em espaços públicos fechados deve ser proibido “a menos que seja
provado que esse vapor exalado não é perigoso para quem está mais próximo”,
afirmou.
De acordo com a OMS, existem provas suficientes para fazer
uma advertência para “crianças, adolescentes, grávidas e mulheres em idade
fértil” relativa às consequências a longo prazo que pode ter o consumo do
cigarro eletrónico no “desenvolvimento do cérebro”.
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Fonte//Lusa
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