Imagens de satélite de alta resolução revelaram recentemente
que, em alguns lugares, Teerão a capital do Irão, está afundando cerca de 25
centímetros por ano.
Teerão é a cidade com mais população do oeste da Ásia, sendo
o lar de aproximadamente 15 milhões de pessoas.
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Depois de uma exaustiva investigação aos dados das fotos de
satélite da capital, captadas entre 2003 e 2017, descobriram que a cidade está
a afundar-se significativamente. O fenómeno conhecido como subsidência está a afetar
cerca de 10% do centro da cidade e muitas aldeias na região noroeste de Teerão,
segundo um artigo publicado em 30 de novembro na revista Nature.
O súbito aparecimento de rachas e crateras enormes, são algumas
das consequências da subsidência. Há um registo de um fazendeiro que ficou
preso durante varias horas numa cratera seis metros de profundidade, depois de
inesperadamente ela se abrir no solo.
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As fissuras que aparecem do nada perto dos terrenos agrícola,
também estão afetando as culturas, pois drenam a água destinada á irrigação.
Neste estudo os investigadores descobriram que a taxa de
subsidência de Teerão é uma das mais altas do mundo, com a perda de caudais de águas
subterrâneos causada pela seca, pela construção de barragens e uma população em
crescimento.
Preocupante é o fato de que as chuvas não são suficientes
para reabastecer as reservas de água subterrâneas, que estão praticamente esgotadas,
indicando que poderá já ser tarde demais para tentar uma recuperação. Esta
descobertas cientificas foram publicadas na revista Remote Sensing of
Environment.
Mas Teerã não é a única cidade que está afundando
gradualmente.
Veneza em Itália, partes do oeste do Texas e litoral da
Louisiana, o Vale San Joaquim na Califórnia e o Aeroporto Internacional de São
Francisco estão também em risco devido á subsidência.
Já anteriormente, e já desde o ano 2000, havia sido apontado
como causa principal do afundamento de Teerão, a redução do volume de água e
secagem de alguns lençóis freáticos no subsolo da cidade e arredores.
Os primeiros sinais de afundamento surgiram em áreas agrícolas,
desde 2003, o problema foi se agravando e já está nas zonas urbanas principalmente
a leste da cidade, onde os efeitos do afundamento de Teerã são visíveis em
edifícios e estradas, de acordo com a Nature.
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A perfuração de poços ilegais está aumenta ainda mais a pressão
na diminuição dos lençóis de águas subterrâneas , aumentando o risco do afundamento
ser mais acelerado. O governo está tentando fechar os poços ilegais, mas
enquanto 100.000 foram fechados, estima-se que 30.000 permanecem a funcionar.
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Se o afundamento continuar, as ferrovias, pontes, gasodutos
e oleodutos de Teerão e a própria rede elétrica podem estar em risco, alertou a
revista Nature.
Fonte//LiveScience
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