sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O futuro dos automóveis não será elétrico mas sim a hidrogénio


Várias marcas de automóveis teceram críticas perante a intenção do governo da Índia em forçar essa indústria a converter-se, por completo, aos carros elétricos até 2030.
Mas talvez a crítica mais interessante, pragmática e reveladora tenha sido do responsável da Mercedes na Índia, Roland Folger.


Photo Verdessobrerodas

Toyota quer transformar ar em combustivel


Visionário e com uma mente futurista e aberta, Folger abordou o futuro e admite que não faz qualquer sentido mudar o mercado automóvel somente nos elétricos.

…DENTRO DE POUCO MAIS DE DUAS DÉCADAS, TODAS AS POPULAÇÕES VÃO CONDUZIR AUTOMÓVEIS A HIDROGÉNIO!

Esta ideia de um pais inteiro mudar para carros com baterias parece-me algo precipitada pois, em 2040, já todo o Mundo estará a guiar carros a hidrogénio”, afirma convictamente.
O responsável da Mercedes tem fé inabalável na evolução datecnologia da célula de combustível (conhecida mundialmente como fuel cell, célula de combustível.) que através da reação do oxigénio do ar com o hidrogénio produz a energia suficiente para alimentar um motor elétrico. E, o mais importante, não tem emissões poluentes.





Outro ponto a favor dos veículos movidos a hidrogénio é dispensarem o gigantesco investimento de infraestruturas de carregamento, algo indispensável para os milhões de automóveis elétricos.
Irá o governo investir milhares de milhões de dólares na construção de estações de carregamento e respetivas infraestruturas? E quem pagará a conta? Certamente que não será o sector privado. E mesmo que o governo reúna os fundos necessários, valerá tão grande esforço só para conseguir reduzir muito ligeiramente a poluição?”, questiona Roland Forger.

Ora, estas questões são extremamente pertinentes se tivermos em conta que a produção da energia elétrica ainda é feita maioritariamente a partir de combustíveis fósseis .
Apesar da marca Mercedes se preparar para oferecer produtos 100% elétricos com baterias sob a submarca EQ, Ronald Forger defende os automóveis a hidrogénio que têm baterias mais pequenas e, dessa forma, não exigem uma infraestrutura tão cara e grande para o seu carregamento. A solução mais inteligente para a transição seriam os híbridos.


Photo Portalenergia


Automóveis elétricos , ecológicos mas não muito


Atualmente, só a Hyundai, a Honda e a Toyota estão a comercializar veículos movidos a hidrogénio.
No último salão de Frankfurt, a Mercedes apresentou o GLC F-Cell que utiliza a tecnologia fuel cell e garante uma autonomia de 437 km. Este modelo já está a ser testado e conta com 200 cavalos de potência e um depósito de hidrogénio que se liga a uma bateria de iões de lítio que pode ser carregada na tomada.




Fonte//Portalenergia



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